quarta-feira, 21 de setembro de 2016

RESENHA  DE  CDS-23

   Olá pessoal! Vou fazer uma resenha de dois cds da banda Arkona.
   O Arkona é uma banda de folk metal da Rússia formada em 2003, cujas músicas são cantadas na língua russa e não em inglês como a maioria das bandas do ramo do metal. Tudo começa com a vocalista Maria Masha Ahipova, conhecida com o nome artístico de Masha Scream. Ela começou em uma banda que tinha um estilo "gótico", mas ela queria cantar sobre temas do folclore russo e eslavo, por isso saiu da banda que estava e formou o Arkona onde podia cantar com o estilo que gostava. Arkona é o nome da última fortaleza eslava a ser destruída. O som do Arkona pode muito bem ser classificado como folk metal, mas com as músicas apresentando muitas variações, ás vezes é algo "sussurrante", algo "folclórico" com som de acordeom, e em algumas a Masha faz um gutural acompanhada de muito peso.
   Vou fazer resenha de dois álbuns que eu considero os mais importantes do Arkona. Primeiro o "Goi, Rode, Goi!" lançado em 2009:
   O nome, é uma referência ao deus Rode, uma divindade da antiga cultura eslava, na capa personagens parecem celebrar um culto em volta de uma fogueira. As religiões pagãs antigas dos povos eslavos são tradicionalmente temas de muitas canções do Arkona, a própria Masha se considera adepta dessas antigas tradições e não do cristianismo. 
   Começa com "Goi, Rode, Goi!" sem dúvida a mais emblemática desse trabalho, logo no comecinho se percebe a atmosfera "viking" na falta de outro termo mais apropriado, e a Masha manda uns belos e agressivos guturais em algumas partes, excelente! Também recomendo a versão acústica dessa música a quem puder procurar pela net aí afora, vale muito a pena. "Tropoiu Nevedannoi" começa com uma "bateria metralhadora" e vocal rasgado da Masha e alterna entre partes mais "folk" e outras mais pesadas, muito boa. "Nevidal" começa com uma flauta depois ganha um aspecto épico, pende mais ao folk mesmo. "Na Moey Zemle" começa bem dramática depois ganha peso e características folk, porém não é das minhas preferidas. "Pritcha" nem tem instrumentos é só um som de vento e a Masha narrando alguma história, achei desnecessária. "V Tsepiakh Drevney Tainy" é outra das minhas preferidas, começa folk depois entram partes mais pesadas, possivelmente é a música que melhor alterna entre o folk e o peso do metal. "Yarilo" é cheia de som de acordeom, não é o meu estilo com certeza. "Liki Bessmertnykh Bugov" tem uma atmosfera dramática e triste, mas não é ruim. "Kolo Navi" já começa arregaçando! É outra das minhas favoritas. "Korochu" é apenas instrumental com flautas, um tipo de berimbau tradicional do folclore deles e tambor, é até legalzinha. "Pamiat" começa com uma flautinha, é bem folk. "Kupalets" também é bem folk com umas batidas de tambor e corais. "Arkona" é outra que apresenta uma bela alternância entre o folk e o metal. "Nebo Hmuroe Tuchi Mrachniye" termina o cd é bem folk. No geral, é um belo trabalho com algumas músicas meio "viagem" que a gente costuma encontrar nos trabalhos das bandas do estilo folk metal e outras músicas maravilhosas que realmente conseguem misturar o clima folk com bastante peso do metal, de uma maneira talvez nova na minha opinião, bem original. Agora vou falar sobre outro trabalho marcante deles, o álbum "Slovo" de 2011:  
  
   A capa mostra dois soldados parados diante de uma pedra com inscrições que me parecem caracteres da língua sânscrita, Slovo significa "palavra" na língua russa. Vou falar só das músicas que gostei. Começa com "Az" é apenas uma abertura instrumental, e muito boa. "Arkaim" tem um ritmo bem animado, boa. "Bol'no Me" começa triste depois ganha peso, boa também. "Zakliatie" começa bem folk, depois entra o peso, outro belo exemplo de equilíbrio entre o clima folk e o peso do metal com a Masha arrebentando no vocal. "Nikogda" já começa bem violenta com a Masha fazendo um vocal estilo gutural, depois tem umas partes mais amenas, mas no geral é de tirar o fôlego! A minha preferida desse álbum. "Slovo" apresenta uma boa mistura de folk e metal. "Odna" começa com um uivo de lobo e alguns acordes de acordeom, já começa transportando o ouvinte pra um passado distante, depois entra algum peso. Excelente. Tirando aquelas músicas estilo"viagens" que eu nem mencionei, as que foram citadas valem muito a pena são muito boas e sofisticadas.
   O cd que veio depois desse é o "Yav" de 2014, não tenho ele físico mas baixei as músicas, elas são o estilo esperado do Arkona, algumas com mais peso, outras mais folk mas nenhuma que me chamou muita atenção. Também tenho o cd "Stenka Na Stenku" que tem a belíssima "Goi, Rode, Roi!" versão acústica e outras boas, mas, realmente os mais marcantes são esses dois que foram resenhados nesse post. Aguardemos mais bons trabalhos desses russos então.    
   

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

RESENHA  DE  FILMES-10

   Olá pessoal! Vou fazer a resenha de um filme do estilo "terror/suspense" pouco conhecido chamado no Brasil de "Hipnose".
   Eu conheci esse filme por acaso, o trailer dele aparece no dvd do filme "Julius Cesar". Esse trailer me impressionou e me deu vontade de ver o filme, parecia super interessante. Pra minha surpresa, nem foi difícil achar: ele foi postado na íntegra e ainda dublado no youtube! É só procurarem pelo filme "Hipnose" tá lá (pelo menos por enquanto).
   Ele foi produzido em 2002 e recebeu vários títulos em inglês como: "Doctor Sleep", "Close Your Eyes" e "Hypnotic". A história gira em torno de uma policial chamada detetive Janet Losey (interpretada por Shirley Henderson) que quer fazer uma sessão de hipnose para parar de fumar e vai ao consultório do Dr. Michael Strother (interpretado por Goran Visnjic) e eles acabam na trilha de uma série de crimes. Esse é um dos pôsteres do filme:
   Começa com a cena de uma garotinha fugindo de alguém e ela se joga em um rio para fugir do perseguidor. Depois vem a cena da detetive Janet fumando ansiosa seu "último" cigarro antes de entrar no consultório. Ela faz uma personagem muito interessante e sensual, pessoalmente não gostei dessa atriz nesse papel, acho que ficaria melhor se fosse feito pelas atrizes Parker Posey(de Blade Trinity), Jaime Murray(da segunda temporada do seriado Dexter) ou Neve Campbell(filme O Lobo do Mar), mas...Então o Dr. Michael induz ela ao transe profundo e associa o cigarro a algo ruim. Após a sessão ele recomenda ela a não pensar em coisas associadas ao cigarro e meninas se afogando. Ela acha estranho porque essa cena da menina se afogando está no seu próprio inconsciente, então ele conseguiu visualizar isso (além de terapeuta hipnólogo ele tem um tipo de "mediunidade") e ela tenta convencê-lo a ajudá-la com uma menina traumatizada para que ele possa tentar visualizar algo da mente dela, mas ele recusa. Chegando em casa, Michael se reúne a sua filha pequena e sua esposa grávida na casa nova onde se mudaram recentemente. No dia seguinte Janet vai até Michael e tenta novamente convencê-lo a ajudá-la no caso da menina traumatizada afirmando que vai pagá-lo por isso e que é policial, ele aceita dessa vez. Chegando lá ele nota uma tatuagem de pentagrama que foi feita no braço da menina e hipnotiza ela sem conseguir visualizar muita coisa. Janet conta que ela foi raptada mas não encontraram sinais de estupro na menina, apenas sinais de agulhas e a tatuagem, mostrando alguns desenhos para Michael(os desenhos são selos de espíritos usados em magia cerimonial na época da renascença). Janet diz que as outras meninas que fugiram morreram por reação ao sangue de tipo diferente que foi injetado nelas, a menina que sobreviveu não teve essa reação porque o sangue injetado nela é do mesmo tipo de que a pessoa que a raptou. Michael leva a fita com o depoimento da menina gravado, e Janet leva uma dura dos seus chefes. Ao sair de carro, Janet encontra Michael tomando um café e ele entra, eles vão até um cara que ela diz que tem um site sobre paranormalidade porque os especialistas não conseguiram respostas aos desenhos. O sujeito é bem excêntrico e mora em uma "casa" debaixo de uma ponte onde passa o metrô, ele é dono de uma loja de miniaturas de bonequinhos de guerra, e dispõe a ajudar, seu nome é Elliot. Durante uma sessão com outro paciente, Michael acaba ele mesmo entrando em transe e vê o mesmo sujeito que a menina viu, introduzindo uma agulha nele e dizendo a palavra "istinesos" ou algo assim. Michael liga para Elliot e grava recado na secretária eletrônica perguntando sobre essa palavra. O sujeito explica sobre os desenhos a Janet. Enquanto isso, dois garotos invadem uma igreja abandonada onde encontram vários desenhos nas paredes e sangue no chão. Janet marca de se reunir com Elliot e Michael. Elliot diz que tudo isso se refere a um tal de Francis Palatine, que foi executado na França a uns 500 anos atrás por heresia. Palatine acreditava que a alma humana estava impregnada em uma parte do crânio atrás dos olhos, Elliot recomenda que eles procurem em um livro de uma francesa chamada Catherine Liborg ou a própria Liborg(não tenho certeza se é assim que se escreve esse nome) que ainda está viva. A igreja invadida pelos garotos é isolada como cena de crime, Elliot vai até lá e verifica que a igreja tem a marca de Edward Lipard Smith. Elliot liga para casa de Michael falando sobre isso e depois é atacado por um cara que o amarra na mesa, abre seu tronco e costura um rato dentro! A polícia é chamada e Janet fica chocada com a morte de Elliot. Michael recomenda a eles irem até a professora Liborg. Eles vão até um tipo de "asilo" e o guia diz que ela está fraca porque acabou de sair de uma biópsia. Michael diz que está interessado em Francis Paladine, ela exclama: "-Grande homem! Muito incompreendido." Ela começa a falar sobre Paladine e Michael nota um tipo de "tique nervoso" que ela tem mexendo os dedos, ela diz que Lipard Smith foi um homem medíocre e fala algo em françês ao enfermeiro próximo, encerrando a conversa. Michael percebe que sua casa está sendo vigiada e a menina sequestrada do início é novamente sequestrada. Michael resolve se mudar para um hotel com a família e checa no mapa as igrejas construídas por Smith, notando que faltavam duas que formam um pentagrama, ele resolvi ir até uma, enquanto Janet vai até outra. Michael é preso por um sujeito quando vai a casa dele pedindo ajuda, o sujeito amarra Michael em uma mesa cheia de símbolos e começa a extrair o sangue dele. O sujeito traz a professora Liborg de cadeira de rodas até o local onde está Michael que, em transe, vê ela se transformar em Francis Paladine, com o mesmo tique nervoso movimentando os dedos. Paladine diz que "enganou a morte" nove vezes e enganará a décima vez, dizendo adeus a Michael. Michael nota que a menininha está presa em uma caixa próximo a ele e começa a induzir ala ao transe conversando. O sujeito que prendeu Michael amarra uma cordinha atando a cabeça de Liborg ao encosto de uma cadeira e introduzindo um instrumento no olho dela extraindo parte do sangue. A menina hipnotizada consegue sair da caixa e desamarra Michael que entra em luta corporal com o sequestrador e ambos atravessam uma janela do lugar e caem na rua. Janet ouve Michael dizer que a menininha ainda está lá dentro e invade o lugar encontrando Liborg morta e a menininha soltando uma faca suja de sangue.Tudo termina bem, a esposa de Michael tem o bebê e Janet elogia a família dele. Na pracinha, enquanto Michael vai buscar uns sorvetes, nota a menina que foi salva encarando o carrinho do bebê dele e fazendo o mesmo tique nervoso de Liborg e Paladine com os dedos, e também sangrando em um dos olhos, porém parece apenas um transe e o sangue desaparece. Vamos explicar que, Paladine era um mago que se tornou um tipo de "lich", que é uma pessoa que conseguiu "lacrar" sua alma em alguma coisa ou objeto, nesse caso, no sangue extraído da parte do cérebro atrás dos olhos e introduzido em outra pessoa com o mesmo tipo de sangue dele. O personagem Sauron do livro/filme "Senhor dos Anéis" é um tipo de lich que lacrou a alma no "anel do poder" e o Lord Voldemort de Harry Potter é outro lich da ficção que lacrou sua alma em sete objetos, as chamadas "horcruxes". Dessa maneira, Paladine conseguiu "enganar a morte" por nove vezes, como ele disse, testando seu sangue em outras pessoas cujo corpo não rejeitava e introduzindo sua "essência" nelas, se mantendo vivo no corpo delas e arranjando outro mais jovem quando esse corpo envelhecia.
   O filme parece que foi feito para ser um daqueles filmes "cult", pouco conhecidos mas adorados pelos fãs do estilo, assim como o filme "O Cubo". Porém não alcançou praticamente nenhum reconhecimento. Na minha opinião, tem um excelente roteiro, porém foi mal feito e é chato em algumas partes. Mas vale a pena dar uma conferida!

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

RESENHA  DE  CDS-22

   Olá a todos! Vou fazer uma resenha de um cd de outra banda pouquíssimo conhecida, o cd "Perpetual Desolation" da banda "The Sins of Thy Beloved".
   "The Sins of Thy Beloved"(significa: os pecados do teu amado) é uma banda de "metal gótico" da Noruega. "Metal Gótico" é um termo que costuma gerar alguma polêmica, no meu caso, costumo chamar de "metal gótico" qualquer banda de metal com uma atmosfera sombria, direcionada ao público gótico. Também se costuma definir essa de "doom metal", realmente fica a gosto de quem quiser tentar classificar.
   O primeiro álbum de estúdio deles é o "Lake of Sorrow" lançado em 1998, esse "Perpetual Desolation" foi lançado em 2000 e é o último a ser lançado antes da banda acabar. Annita Auglend faz o vocal feminino, Glenn Morten faz guitarra e o vocal gutural e Pete Johansen toca o violino, esses são os que se destacam. Pete Johansen é um baita violinista, ele toca de uma forma muito espontânea, ao sair da banda foi para o Tristania. Essa época em que eles surgiram, final dos anos 90 e início de 2000, era uma época em que era tipo comum surgirem várias bandas com inclinações "góticas" e colocar uma mulher nos vocais de bandas de metal com clima sombrio, pesado e música clássica era quase considerado uma inovação. Dessa safra surgiram boas bandas como Nightwish, Tristania, After Forever e Epica. Essa é a capa:
   Porém eu gosto mesmo e de outra foto do cd que costumo deixar na capa dele, essa:
   Começa com "The Flames of Wrath" começa sombria, depois entra o violino e o gutural de Glenn, o vocal da Annita aparece de vez em quando, bem suave apenas pra contrabalancear com o peso. Ela é ótima, mas é bom o ouvinte se preparar porque todas as músicas do álbum são bem longas, demoradas. "Forever" é a minha favorita deles, começa bem animada e termina com a Annita e Glenn nos refrões. "Pandemonium" começa super agressiva com os guturais de Glenn, e a Annita faz algumas partes suaves. Realmente todas as músicas deles são muito atmosféricas, são quase uma trilha sonora de fundo. "Partial Insaniti" apresenta o mesmo mix de agressividade, suavidade e sinfonia que é característica própria deles. Em "Perpetual Desolation" prevalece a agressividade. "Nebula Queen" é a minha segunda preferida deles, é ótima! "The Mornful Euphony" começa com um efeitinho de teclado moderninho, é outra das boas e que lembra a trilha sonora de alguma coisa. "A Tormented Soul" é legal. "The Thing That Should Not Be" é um cover que eles fizeram da música do Metalica, não conheço a versão original do Metalica(na verdade tenho pouca intimidade com Metalica apesar de considerar uma das grandes do ramo do metal), mas a deles ficou bem sombria e agressiva.
   Por fim, esse é um cd que provavelmente deve agradar aos góticos, neogóticos, fãs de Theatre of Tragedy e até fãs de death metal. 
 

domingo, 4 de setembro de 2016

ANÁLISE  SOBRE  MITOS  E O  OCULTO

   Olá pessoal! Nesse post vou falar um pouco sobre meu livro "Análise Sobre Mitos e o Oculto".
   Ele está disponível para download no site https://www.clubedeautores.com.br 
   Aí está a capa dele:
   
   No livro eu analiso temas ditos "sobrenaturais", porém não se trata de ficção. Esses temas foram estudados e analisados a partir de várias fontes.
   Está subdividido em 6 livros distintos que analisam os temas: magia, fadas, demônios, vampiros e imortais.
   Os temas foram "dissecados" em cada um deles. Além disso, neles eu faço referência a vários outros livros de outros autores, dessa maneira é interessante que aqueles que o leem possam pesquisar esses assuntos por conta própria. 
   Recomendo o livro tanto para os entusiastas de temas "sobrenaturais" quanto para leigos e céticos do assunto. Uma análise que deve ser proveitosa aos interessados pelos temas, e, também agradável aos que apenas desejam se entreterem com a leitura. 
   Divulguem aos interessados e até mais!