quarta-feira, 24 de agosto de 2016

RESENHA  DE  CDS-21

   Olá a todos! Vou fazer uma resenha nesse post de um belíssimo trabalho em conjunto feito por dois grandes nomes do heavy metal: Amanda Sommerville e Michael Kiske.
   Vamos dar uma explicação breve sobre os dois. Amanda Somerville é uma cantora de música popular dos EUA. A história dela com o heavy metal começou em uma viagem de férias que ela fez para a Alemanha. Tobias Sammet, fundador da banda Edguy, ficou sabendo que Amanda era cantora e estava por perto, por isso convidou ela para fazer os corais em um trabalho em sua banda. Desde então, Amanda Somerville passou a ser convidada a fazer os corais de várias outras bandas de metal como o Epica, After Forever e Kamelot. É bem possível que os fãs de metal tenham ouvido Somerville nos álbuns de suas bandas favoritas sem saber, porque ela participou de várias. Michael Kiske é alemão e conhecido principalmente por sua participação na banda Helloween. Kiske foi o segundo vocalista a entrar na banda logo após Kai Hansen sair. Kiske e a banda Helloween são reconhecidos por influenciarem toda uma geração de novas bandas, especialmente do ramo do powermetal, sendo que muitos consideram o Helloween uma das percursoras do estilo. Em 2010 Kiske e Somerville se juntaram para produzirem, esse belo trabalho:

   Começa com "Nothing Left to Say". Ela tem um comecinho nas guitarras bem moderno, depois entra o vocal bacana do Kiske, e da Somerville. Bem animadinha. "Silence" começa com uns tecladinhos depois mostra o andamento de um som quase pop. Fica ótimo o dueto deles nessa. "If I Had A Wish" começa bem moderninha na guitarra, bem legal. "Arise" começa parecendo que vai ser um metal daqueles, porém não é pesada não. "End of The Road" é uma baladinha muito bacana, do tipo que a gente costuma encontrar em alguns álbuns de boas bandas de metal. "Don't Walk Away" parece um popzinho, ela tem uma atmosfera super positiva é uma das minhas preferidas desse trabalho. "A Thousand Suns" é quase uma uma balada, muito boa. "Rain" é outra que tem um clima super alto astral parecendo a "Don't Walk Away". "One Night Burning" é outra semi-balada. "Devil In The Heart" me lembra um hard rock, tem um clima bem desprendido. "Second Chance" é outra boa balada. "Set A Fire" termina o cd, é um rockzinho moderno, porém nada de mais.
   Por fim, esse trabalho dos dois apresenta um rockzinho bem moderno, nada pesado, porém também não cai no pop irritante que infesta as rádios atuais. É uma belíssima alternância de rock moderno com baladinhas e semi-baladas. Ótimo para quem procura algo moderno e bem feito. Recentemente descobri que os dois se juntaram e produziram outro cd juntos "Kiske & Somerville-City Of Heroes" em 2015. Só ouvi uma música desse trabalho, mas gostei muito dela, possivelmente deve ser outro excelente trabalho, afinal os dois são músicos muito competentes.
 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

RESENHA  DE  FILMES-9

   Olá pessoal! Vou fazer uma resenha de um filme muito bacana e levemente baseado em fatos reais(bem levemente) o filme "Yamada" lançado em 2010. 
   Trata-se de um filme de artes marciais, onde o personagem principal faz o papel clichê de lutador que passa a integrar o grupo inimigo. O filme foi baseado na vida de Yamada Nagamassa um aventureiro japonês que viveu entre 1590 e 1630. Na vida real, Yamada foi um comerciante, corsário e governador de uma região no sul da atual Tailândia, que era chamada de Ayutthaia na época. Porém, os produtores do filme deram tipo um "UP" e criaram um roteiro que realmente foge da realidade dos fatos, porém bem mais divertido e com muita ação. Esse é um desses casos em que valeu a pena "inventar" em cima dos fatos. Aqui uma das variadas capas do filme:
   O filme começa mostrando uma luta de dois caras do estilo muay thay(arte marcial tradicional da Tailândia) enquanto o "Rei" e um monge ficam assistindo a luta. Nos bastidores mostra Yamada se preparando pra lutar e pensando que sente uma conexão mais forte com essa terra do que com o Japão. Ele narra que a bravura dos "siameses"(como eram chamados os habitantes da região) despertou o interesse do imperador do Japão que enviou agentes ao local para espionar. Depois mostra uma base japonesa sendo invadida pelos caras tailandeses(tem uns ninjas no telhado vigiando, que maneiro!). Quando os tailandeses entram na base, os japoneses atacam eles com espadas samurais e matam todos. Um corpo deles é mostrado ao chefe dos japoneses na região. O chefe japonês fica bravo por que os tailandeses descobriram a base e critica Yamada. O subcomandante fica cismado com Yamada. A noite os japoneses fazem uma festinha e enchem a cara de saquê. Ao voltarem por uma ruela são atacados por ninjas. Os ninjas foram enviados pelo subcomandante japonês(um careca de cavanhaque). Ele diz que Yamada é inútil. Mas antes de matar Yamada, eles veem um grupo de lutadores tailandeses, e o subcomandante japonês vai embora, enquanto acontece uma bela luta entre ninjas e caras do muay thai. Os tailandeses matam os ninjas e levam Yamada vivo, porém ferido. Yamada é levado para um templo onde um monge diz que mesmo Yamada sendo inimigo deve ser tratado, e coloca um remédio na ferida dele. No dia seguinte uma moça e sua irmãzinha levam um remédio pra ele beber. Essa é uma cena bonitinha, a moça é a atriz Kanokkorn Jaicheun que já foi miss Tailândia em 2007(bonitona ela!)

   A noite Yamada ouve umas batidas e acha que são os japoneses invadindo a vila, porém é só um festival folclórico da vila. Yamada se levanta e vê as tauagens cabulosas nas costas do monge(trata-se das chamadas "sak yant" as tatuagens tradicionais da tailândia. A atriz Angelina Jolie fez algumas delas.). Yamada se dá muito bem com as pessoas da aldeia e as crianças. Outra noite, e os ninjas atacam a aldeia atrás de Yamada. Os ninjas são derrotados, mas Yamada é espancado pelos caras da aldeia que culpam ele pelo ataque. Nesse momento o monge vê a cena e chama os caras pra conversar. O monge dá um cagasso nos caras dizendo que Yamada não tem culpa. Na base japonesa, o subcomandante mata quatro ninjas por terem falhado na missão. Yamada resolve treinar com os tailandeses, porém é derrotado facilmente. Yamada pede ao monge que lhe ensine o estilo de luta muay thai, ele recusa de início, porém o discurso de Yamada de jurar proteger a aldeia o convence. Yamada passa a treinar muay thai, e, como gratidão por um cara da aldeia, fabrica uma espada para ele de presente. O sujeito fica amigaço de Yamada e aceita a espada nova:
   O monge havia guardado a espada original japonesa que pertencia a Yamada, ele paga um pau p/ a arma, afinal, só quem já teve a oportunidade de ter ou tocar uma katana sabe a beleza e magia que esse tipo de arma emana(não querendo me gabar, mas, eu tenho uma, embora não tenha sido feita originalmente por artesãos japoneses).
   Após concluir o treinamento, Yamada finalmente consegue derrotar um tailandês e ele o elogia por ter aperfeiçoado suas habilidades. Para concluir, o monge tatua as costas de Yamada com as sak yant:
   Yamada participa de um torneio interno que selecionará os melhores guerreiros para proteger a vila, ele é selecionado após as lutas. Em seguida esses lutadores são enviados para uma missão sangrenta contra outra nação vizinha.  Ele treinando com os caras do muay thai:
   Após todo isso, Yamada decide que precisa resolver suas pendências do passado e envia uma carta desafiando o sub chefe japonês que armou a emboscada pra ele no passado. Yamada vai até a ruazinha onde tudo começou, e luta com o cara, mas ele apela e é ajudado por um tanto de ninjas. O amigo tailandês de Yamada havia seguido ele e o ajuda na luta final onde o local se enche de ninjas(bela cena!). O sub chefe japonês saca uma garrucha e atira(em meados de 1600 já existiam garruchas, não está fora de contexto isso), mas o amigo de Yamada se joga na frente e leva o tiro. Yamada fica furioso e desembola uma luta contra vários ninjas até finalmente matar o sub chefe japonês. Seu amigo morre dizendo que não se arrepende de ter se sacrificado para protegê-lo. Termina com Yamada lamentando a morte do amigo e jurando sempre lutar pra defender o país.
   Apesar do Yamada do filme ser bem diferente do Yamada da vida real, a história é bacana, e o filme é muito legal, eu recomendo!
   

sábado, 13 de agosto de 2016

RESENHA  DE  CDS-20

   Olá pessoal! Vou fazer um post sobre uma banda pouco conhecida, porém com uma qualidade que não se encontra facilmente por aí, a banda "Magica".
   O "Magica" foi formado na Romênia em 2002 e tem como vocalista Ana Mladinovici. O som deles é sem dúvidas um power metal, e dos bons. Pessoalmente eu considero o Magica uma das três melhores bandas de power metal do mundo, atrás apenas do Sabaton e do Nightwish. Inclusive acho que o Magica foi a banda que mais chegou perto de se igualar ao Nightwish tanto em qualidade quanto estilo, apenas não conseguiu superar porque a Tarja é uma soprano poderosíssima e a voz da Ana Mladinovici tem um estilo mais feminino e sussurrante, porém, o metal praticado pelos caras da banda não fica devendo nada ao Nightwish é de alta qualidade e com riffs de guitarra espetaculares. Vou comentar sobre o álbum "Hereafter" lançado em 2007 que eu considero o melhor deles, e um dos melhores exemplos de power metal já criado:
   Começa com "All Waters Have the Colour of Drowning" que tem no início uns tecladinhos, depois entra as guitarras e a voz da Ana Mladinovici. Esses riffs não deixam dúvida alguma: power metal de primeira! Essa música tem inclusive um videoclipe no youtube, recomendo que deem uma olhada lá. "Turn to Stone" é outro bom exemplo do estilo, talvez lembre algo do "Rhapsody of Fire" e até agrade aos fãs desta. "Throught Wine" começa com muita atitude, boa. "No Matter What" é legal e passa uma mensagem de perseverança. "Entangled" é uma baladinha onde a voz sussurrante da Ana é bem aproveitada, difícil não se deixar emocionar por essa. "This Is Who I Am" é outra que começa cheia de atitude, a letra passa uma mensagem de auto afirmação. "Weight Of The World" mostra algumas variações, tem uma sonoridade bem rica. "Energy For The Gods" tem o vocal da Ana e algumas partes com o vocal masculino de um dos caras, excelente. A letra fala que nós humanos somos apenas "energia para os deuses". "Shallow Grave" é uma das minhas preferidas, tem belos riffs e um belo refrão. "I Remember" é belíssima. "Into Silence" é uma balada que encerra o cd. Ela é só com a voz da Ana e o teclado, maravilhosa.
   Por fim, como eu disse, é um exemplo de power metal de altíssimo nível, apesar de pouquíssimo conhecida a banda. Comparando os álbuns anteriores deles, e os mais recentes, posso dizer que esse "Hereafter" é o melhor, mas vale muito a pena também garimpar algumas coisas dos outros trabalhos deles. Taí outra banda que merecia mais reconhecimento por produzir um som de tamanha qualidade.  

sábado, 6 de agosto de 2016

RESENHA  DE  CDS-19

   Olá a todos! Vou fazer uma resenha sobre um cd de uma banda que eu conheci a pouco tempo, o cd "Triumph and Power" da banda Grand Magus.
   O som do Grand Magus pode ser definido como um hard rock misturado com heavy metal. Os temas das letras giram em torno de coisas de vinkings, mas não é uma banda que se misturaria com a galera do folk, pagan ou vinking metal, pois, o som deles é um rock moderno. A banda foi formada em Estocolmo na Suécia em 1996, eles são um trio, o que eu acho uma raridade, pois, não conheço muitas bandas de metal compostas por apenas três caras.
   Conheci o Grand Magus lendo uma revista dessas de rock não lembro qual. Havia uma matéria falando tão bem desse cd "Triumph and Power" que me deu vontade de comprar, e não me arrependi, o cd é bom mesmo! Foi lançado em 2014, vamos a ele então:
   
   Começa com "On Hooves of Gold". O começo dela é lento, com um barulho de chuva e um coral suave, o que transporta a mente de quem ouve para um mundo distante, uma outra época, o passado. Depois entram muito bem o peso dos instrumentos e o vocal do Jane Christofferson(conhecido como JB). Ele tem um timbre de voz grave muito bom, essa música é uma das minhas preferidas do cd. "Steel Versus Steel" segue em alto nível é das boas."Fight" demora um pouquinho a pegar embalo no início, mas depois mostra um som bacana. "Triumph and Power" já começa com uns riffs de guitarra de respeito, é boa também. "Dominator" é um pouco mais rápida, muito boa. "Arv" é uma espécie de interlúdio apenas com violão e umas batidas, outra viagem ao passado. "Holmgang" começa com um coral legal, depois despeja o peso, gostei dela. "The Naked and The Dead" me lembra algo de powermetal, legal ela. "Ymer" é outra daquelas viagens apenas instrumental que me fazem pensar que eles fizeram isso apenas pra se enturmarem com a galera do folk, achei desnecessário. "The Hammer Will Bite" começa lenta depois despeja o peso que se espera deles. Tem um ótimo refrão, fechou bem o trabalho.
   Tenho outro cd deles que comprei depois o "The Hunt" do qual só gostei de uma música. Também ouvi o mais recente deles "Sword Song" mas esse não me impressionou muito não, achei bem normalzinho. Resumidamente, o Grand Magus é uma boa banda, o som deles é algo que soa como um metal bem básico onde não se identifica influência de outros estilos. Ou talvez como uma banda de garagem que deu certo. O que se destaca é justamente esse metal simples e direto e também a voz do JB, que tem um belo timbre. "Triumph and Power" deve agradar a qualquer fã de rock tradicional ou metal, eu recomendo!     
   

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

ANÁLISE  SOBRE  LIVROS-4

   Olá pessoal! Vou registrar nesse post algumas coisas sobre o livro "Pensamentos" do filósofo grego Epicuro, publicado pela editora Martin Claret. Aqui um busto dele:
   Epicuro nasceu no ano 341 a.C em Samos(atual Turquia) morreu em 270 a.C. Em 323 a.C prestou serviços militares em Atenas. Reuniu seguidores e em 306 a.C comprou uma propriedade em Atenas com um amplo jardim, onde fundou sua escola. 
   Sua filosofia era simples, considerava o bem maior da vida fugir das dores e buscar o prazer. Pode parecer um convite ao hedonismo, corrente de pensamento que entende a busca pelo prazer como único objetivo na vida, mas não é isso, o prazer a que se referia Epicuro era um prazer moderado, que não causava excitação no corpo, apenas que proporcionasse liberdade de pensamento. Ele mesmo sofria de pedras nos rins e vesícula que lhe causavam dores regulares, mesmo assim dizia que era tão feliz quanto qualquer outra pessoa. Morreu em 270 d.C depois de sofrer por dias de fortes dores no ventre, e mesmo assim escreveu que aquele havia sido um dia feliz. Seus seguidores continuaram a manter a escola e a ensinar sua filosofia.
   Esse livro "Pensamentos" não foi escrito diretamente por ele, é um conjunto de cartas e manuscritos de Epicuro que foi copiado por alguns autores anônimos por volta do ano 200 a.C, além de alguns aforismos que o historiador Diógenes Laércio acrescentou na biografia que ele fez sobre Epicuro. Aqui alguns trechos:

PENSAMENTOS (trechos)

Carta de Epicuro a seu discípulo Meneceu

"...O sábio, porém, nem nega a vida nem tem temor da morte, pois, a vida não lhe é repugnante, e ele não considera a morte um mal. Do mesmo modo que, na refeição, ele não faz questão absoluta da quantidade exagerada, mas dá mais valor a preparação gostosa, igualmente na vida não se preocupa com o tempo que esta dura, mas sim com a delícia da colheita que ela lhe trás."

"...Quando dizemos então, que o prazer é a finalidade da nossa vida, não queremos referir-nos aos prazeres dos gozadores dissolutos...é isso que creem os ignorantes que não compreendem a nossa doutrina...prazer pra nós significa: não ter dores no corpo e não sentir falta de tranquilidade na alma."

Aforismos

"A morte não é nada para nós, pois, aquilo que já foi dissolvido não possui mais sentimentos. E aquilo que não possui mais sentimentos não nos importa."

"Se aquilo que proporciona prazer aos libertinos eliminasse os receios do espírito, dos fenômenos da natureza, da morte e das dores, e ainda ensinasse o conhecimento da limitação das ânsias, nada teríamos a desaprovas nessas pessoas."

"Para a maioria dos homens, a tranquilidade é paralisia, o movimento é loucura."

"É sem sentido pedir aos deuses aquilo que nós mesmos podemos realizar."

"Quem menos necessita do dia vindouro recebe-o com mais alegria."

"A quem não basta pouco, nada basta."