domingo, 17 de dezembro de 2017

RESENHA  DE  CDS-39

   Olá a todos! Para encerrar a sequência de três postagens sobre magníficos e altamente relevantes trabalhos de power metal (as postagens anteriores foram sobre os álbuns "The Time of The Oath" do Helloween e "Nemesis" do Stratovarios) agora fechamos falando sobre o álbum "No World Order" da banda Gamma Ray.
   "Gamma Ray" significa "raio gama" radiação eletromagnética de alta frequência geralmente emitida por elementos radioativos, pode tanto causar quanto tratar câncer dependendo da exposição, é também o nome dessa banda alemã fundada em 1988 por Kai Hansen que saiu da banda Helloween alegando excesso de shows. A sonoridade se parece muito com a do Helloween porém é mais limpa, menos trash, soa muito mais como um power metal direto e moderno como os que a maioria do público do metal se acostumou devido a bandas do ano 2000 pra cá. Esse álbum "No World Order" sobre o qual vou falar foi lançado em 2001, essa é a capa:
   Uma capa que lembra muito algumas do Angra com contraste entre cores quentes e frias, laranja/vermelho e tons de azul. "Introdution" como o próprio nome diz é a introdução, épica, marcante e com corais, abre bem o trabalho. "Dethrone Tyranny" se encaixa direitinho no final do som da anterior e de cara mostra riffs de respeito bem rápidos e excelentes vocais de Kai Hansen. "The Heart of the Unicorn" segue bem rápida e tem um refrão muito envolvente e poderoso, é uma das minhas preferidas desse cd. "Heaven Or Hell" continua o alto nível. "New Word Order" é boa. "Damn The Machine" começa menos rápida e alucinante que as anteriores mas é potente especialmente nos refrões. "Solid" retorna á velocidade, outra das boas. "Fire Below" tem um jeito que lembra um rock clássico, é outra das minhas preferidas desse cd. "Follow Me" é menos agressiva que as anteriores, mas é muito boa. "Eagle" tem riffs marcantes, é muito bonita. "Lake of Tears" encerra o cd, é uma semi baladinha a única do álbum. 
   Assim concluímos as resenhas anunciadas. Foram três grandes álbuns do estilo power metal muito marcantes e indispensáveis aos fans do estilo, esse último em especial do Gamma Ray é indicadíssimo aos que apreciam o ramo power e as músicas dele estão sempre entre as que eu ouço várias vezes durante o dia e ao longo da semana.    

domingo, 10 de dezembro de 2017

RESENHA DE CDS-38

   Olá a todos! Continuando a sequência de posts sobre três notáveis trabalhos de power metal que eu havia anunciado no post anterior, nesse post vou falar sobre a banda Stratovarius.
   Stratovarius é uma banda de power metal formada na Finlândia em 1984 a princípio com o nome Black Water e tocando covers do Black Sabbath. A Finlândia é reconhecida até hoje como celeiro de grandes bandas de power metal como Nightwish (impossível não mencionar como referência) Twiligthning, Sonata Arctica e muitas outras menos conhecidas mas de muita qualidade. Em 1985 decidem mudar o nome da banda para Stratovarius junção das palavras Stratocaster Fender (modelo de guitarra) e Stradivarius (violino). Nesse ano entra como integrante o guitarrista e produtor Timo Tolkki que viria a se notabilizar pelas suas participações em vários trabalhos de power metal e metal sinfônico. 
   A banda passou por várias mudanças de integrantes inclusive a saída de Timo Tolkki. Em 2012 lançaram o álbum Nemesis sobre o qual farei a resenha, essa é a capa:
   Bela capa! O vocalista nesse trabalho é Timo Kotipelto. Começa com "Abadon" e que belo início! Logo de cara fica claro que estamos diante de um grande trabalho, power metal de primeira linha! O timbre de voz de Timo Koltipelto lembra muito a voz do Joakin Cans vocalista do Hammerfall. "Unbrekable" começa com um teclado leve depois entra o peso, muito bem arranjada e envolvente. "Stand My Ground" começa um pouco desinteressante mas tem um bom refrão. "Halcyon Days" é excelente, uma das melhores desse álbum! Nela Timo trabalha admiravelmente seu vocal. "Fantasy" é sem dúvidas a melhor do cd e por si só já vale a compra dele! Maravilhoso refrão. "Out of The Fog" é muito boa, se parece com uma mistura de power metal e metal sinfônico, poderia se passar por um trabalho do Epica! É outra com refrão envolvente e marcante. "Castles In The Air" embora seja menos veloz é boa e não deixa cair o nível. "Dragons" é bem veloz e lembra algo do Hammerfall, ótima. "One Must Fall" soa um pouco dramática mas é boa. "If The Story is Over" é uma baladinha onde se sobressai a voz e violão. "Nemesis" termina o trabalho bem estilo power metal mesmo. 
   Resumindo, esse é um trabalho de altíssimo nível, power metal de primeira, difícil não se deixar envolver. Sem dúvidas é um dos maiores trabalhos de power metal já feitos. 

sábado, 2 de dezembro de 2017

RESENHA  DE  CDS-37

   Olá pessoal! Resolvi fazer uma postagem falando sobre aqueles que eu considero alguns dos mais significativos álbuns do ramo do power metal. Já falei sobre muitas bandas desse estilo aqui no blog, mas, esses sobre os quais vou falar são alguns dos que me chamaram mais atenção. São três, nesse post vou falar do primeiro, nas próximas postagens falo dos outros dois.
   Nessa primeira vou falar sobre o Helloween uma das bandas consideradas precursoras do estilo power metal. Meu primeiro contato com o Helloween foi quando um amigo me emprestou o cd "Keepers of Seven Keys part-2" na época achei legal e soube na hora que era uma banda marcante, mas, não me impressionou tanto assim não, depois quase me esqueci completamente da banda não tive interesse. A pouco tempo zapeando pelo youtube descobri o álbum "The Time of The Oath" e esse realmente me deixou impressionado! É sobre ele que vou falar, mas antes a ficha técnica da banda.
   "Helloween" é uma banda formada na Alemanha em 1984. O primeiro vocalista foi Kai Hensen (que mais tarde viria a sair da banda e formar o Gamma Ray sobre o qual vou falar em breve), depois Michael Kiske e depois Andi Deris que permanece até hoje, todos grandes vocalistas. Esse álbum "The Time of The Oath" foi lançado em 1996 e tem Andi Deris no vocal, essa é a capa:
   Começa com "We Burn" no comecinho tem um assovio e uma melodia típica de circo, depois entra o peso e vocal e segue bem, ela parece ter na mistura algo de trash metal e hard rock, se parece mais uma mistura do que aqueles típicos power metal com o qual estamos acostumados hoje em dia mais limpos mas essa é a características de todas músicas desse trabalho. "Steel Tormentor" começa com um som de motor (talvez a banda Hammerfall tenha tirado daí a ideia daquele som de motor de moto na música "Renegade") depois segue muito bem e ganha pelo refrão. "Wake Up The Mountain" tem um clima "positivo" é legal também. "Power" tem riffs maravilhosos e ótimo refrão é uma das minhas preferidas desse cd. "Forever and One" é uma baladinha e considerada uma das mais marcantes do Helloween, pessoalmente acho meio deprimente. "Before The War" começa com um som meio de suspense, depois entra o peso e a velocidade principalmente velocidade. "A Million To One" não é tão rápida nem pesada mas é boa. "Anything My Mama Don't Like" é muito boa e tem um belo refrão é a minha preferida desse cd. "Kings Will Be Kings" tem velocidade, essa se parece mais com os power metal da atualidade. "Mission Motherland" é bem envolvente e tem um refrão bacana. "If I Knew" é outra baladinha, mas não me agradou. "The Time of The Oath" encerra o trabalho com um clima meio psicodélico. 
   Por fim, taí um belíssimo trabalho de power metal muito agradável de se ouvir quase todas músicas a qualquer momento do dia.       

domingo, 5 de novembro de 2017

LIVRO  DO  AUTOR

   Olá a todos! Como alguns já devem saber estou divulgando meu livro "Análise Sobre Mitos e o Oculto" recém lançado pela Editora Anunaki. Como cada blog tem seu público, então resolvi fazer uma divulgação aqui também. 
   "Análise Sobre Mitos e o Oculto" é o resultado de muita pesquisa, o material final é um livro "bruto" por conter muitos conceitos básicos, material que pode servir para outros pesquisadores do ramo do oculto e indicação de várias fontes. Os temas pesquisados estão em seis livros dentro da obra abordando sobre: 1-magia,2-fadas/djinns,3-demônios,4-vampiros,5-lobisomens, 6-imortais. Não se trata de histórias de ficção, trata-se de um estudo sobre esses temas. Foto do livro:
   Eu já havia disponibilizado esse livro para venda em versão e-book no site clubedeautores.com.br mas, em comparação com aquela versão, essa atual está muito melhor, bem editada, e contém mais tópicos como detalhes sobre o exorcismo muçulmano, o exorcismo judeu e sobre a caixa dibbuk. Os interessados podem comprar no site da editora: anunaki.com.br.






domingo, 15 de outubro de 2017

RESENHA  DE  CDS-36

   Olá pessoal! Vou fazer nesse post uma resenha dos primeiros álbuns de uma banda que em sua melhor fase não foi superada e não existe nenhuma outra que pode ser comparada: Nightwish.
   Nightwish é uma banda da Finlândia formada em 1996. Alguns classificam o estilo como sendo metal sinfônico embora eu considere mais apropriado classificá-la como power metal. A iniciativa de formar a banda veio do tecladista Tuomas Holopainen (um sujeito realmente fascinado pelos longas de animação da Disney em especial pelo personagem Pato Donald!) ele convidou para ser vocalista Tarja Turunen ao ouvir ela na escola cantando música clássica (o estilo da voz de Tarja é classificado como "soprano" ou seja: é o vocal típico de cantores de ópera). O clima daquela época favorecia muito o surgimento de bandas cuja fórmula era: metal+música clássica+clima sombrio+vocal feminino. Essas bandas dessa safra foram a grande referência do público "gótico" embora a maioria dos apreciadores de metal em geral também goste muito.
   O estilo do Nightwish com a Tarja, uma soprano sem igual, destoa completamente de qualquer outra banda sendo a que mais chegou perto de fazer algo semelhante foi o "Magica" da Romênia sobre a qual falei na "RESENHA  DE  CDS-20". Não dá pra colocar o Nightwish na mesma categoria dos Iron Maidens ou Helloweens da vida, não se trata apenas de metal, o Nightwish pertence a categoria da "grande música" a categoria onde estão as composições de Vivaldi e Johann Sebastian Bach. Vamos então seguir a trilha dos primeiros trabalhos deles que começa com "Angels Fall First" lançado em 1997:
   Desde cara foi um grande sucesso assim que foi lançado. "Elvenpath" já começa mostrando que é outra categoria de música. "Beauty And The Beast" eu gosto muito do começo em que se alterna vocal masculino e feminino. "The Carpenter", "Astral Romance" e "Know Why The Nightinale Sing" essas e as outras citadas são o destaque desse trabalho. O próximo trabalho foi "Oceanborn" lançado em 1998:
   Não tem como escolher apenas alguns destaques nesse trabalho, é fantástico do começo ao fim! Nas primeiras faz lembrar muito aqueles power metal italianos como do "Rhapsody Of Fire". O próximo trabalho foi "Wishmaster" lançado em 2000:
   Esse trabalho também lembra muito o power metal de bandas italianas. Começa com a muito marcante "She Is My Sin" e outro grande destaque é "Wishmaster" mas o disco todo é ótimo. O próximo foi "Century Child" lançado em 2002:
   Na minha opinião, nesse a banda alcançou a plenitude do clima épico, é uma joia perfeita. Chama mais atenção a imponência de "End Of All Hope", a beleza delicada de "Ever Dream" e a sempre lembrada pelos fãs até hoje "The Phantom Of The Opera" onde o vocal masculino e feminino se alternam. O próximo trabalho foi "Once" lançado em 2004:
   Em comparação com os anteriores, eu diria que as músicas desse trabalho são mais "comerciais" o que não quer dizer que sejam "pop" apenas não são tão grandiosas como dos anteriores, eles meio que usaram uma fórmula por isso não soa tão espontâneo mas mesmo assim não tem nenhuma outra banda que tenha feito algo comparável. Se destaca nesse "Wish A Had An Angel" e aquela que é a referência, talvez a música que tenha levado o leigo a querer saber mais sobre a banda: "Nemo".
   Em 2006 aconteceu o grande choque: a saída da Tarja da banda. Desde 2005 ela já dava indícios que não iria continuar com os outros, porém, sua saída foi traumática (não deveria ter sido). A comunidade do metal sentiu que estava perdendo uma máquina que não funcionaria da mesma maneira sem ela. Muitos tentaram retratar a Tarja como a grande "vilã" que motivou a ruptura, inclusive a mídia finlandesa na época a retratava assim e colocava a culpa da saída no suposto comportamento arrogante dela, os que acompanhavam a banda não ajudaram nem um pouco forçando uma suposta inimizade entre ela e a banda, o público não entendeu que saídas assim são naturais. Tarja seguiu carreira solo e continua até hoje. No lugar dela colocaram a sueca Anette Olzon que sentiu um peso terrível e tinha  um vocal muito pop. Depois anunciaram Floor Jansen ex integrante do After Forever e muito conhecida no ramo do metal, ela está com a banda até hoje e soube segurar a barra na minha opinião. Antes de sair, um grande trabalho deixado pela Tarja junto com eles e que vale a menção é "End Of An Era" cd e dvd gravação de um show ao vivo. Nesse, encontramos grandes clássicos deles que ficaram até melhores executados ao vivo, essa é a capa:
   Por fim, a banda continua até hoje e muitos acompanham. A Tarja também continua em carreira solo e possui muitos seguidores. Mas o Nightwish em sua melhor forma e que até hoje não conheço nenhuma que possa se equiparar não se repetiu. Vale a pena garimpar os trabalhos deles que eu mencionei, são obras primas sem dúvida.   

terça-feira, 10 de outubro de 2017

RESENHA  DE  FILMES-18

   Olá a todos! Nesse post vou fazer uma resenha de um filme muito legal que provavelmente muita gente deve ter assistido na Sessão da Tarde o filme "A Sombra e a Escuridão" esse é o poster:
   Chamado em inglês de "The Ghost and the Darkness" esse filme foi produzido em 1996 e foi baseado na história real que aconteceu em 1898 no Quênia durante a construção de uma ponte sobre o rio Tsavo. Pouco depois do engenheiro coronel John Patterson chegar ao local dois leões começaram a atacar os operários que trabalhavam na construção da ponte. Se fosse apenas o ataque de dois leões comuns talvez essa história nem sequer tivesse sido registrada e ninguém se lembraria disso, porém os leões que atacavam os operários agiam de maneira tão inteligente e se focavam apenas em atacar humanos o que fez com que muitos pensassem que não eram animais normais mas entidades sobrenaturais. Quem quiser se informar sobre detalhes reais da história é recomendado que leiam o livro "The Man Eaters of Tsavo" que o coronel Patterson escreveu. Vou falar sobre o filme que em algumas partes não está de acordo com os fatos, mas, ao longo da resenha vou mencionar onde o filme foge dos acontecimentos reais.
   Antes de mais nada, preciso dizer que eu gosto de alguns filmes que são ambientados no final do séc. XIX e início do séc. XX, essas roupas de época até que são legais. O filme começa sendo narrado pela voz do personagem Samuel, um nativo africano que presencia os acontecimentos. Patterson que foi interpretado por Val Kilmer entra em uma sala e se encontra com o chefe que está financiando a obra. O cara é bem arrogante e diz que seu prazer é atormentar quem trabalha pra ele. Também diz que seu projeto é a construção de uma ferrovia na África e que os concorrentes são os alemães e franceses (ecos da disputa colonial dos europeus por várias partes do mundo no séc. XIX). Patterson se despede de sua esposa e embarca no trem. Ao chegar na África um cara chamado Angus o aborda dizendo que será seu assistente e ambos embarcam em um trem em direção ao local da obra. Quando chega no local Angus apresenta Patterson a Samuel, o nativo africano que serve de ligação entre os trabalhadores. Aqui Samuel mostrando o lugar para Patterson:

   Patterson diz que parece estar tudo sob controle no local e Samuel responde que é por um milagre porque os trabalhadores não gostam uns dos outros, os africanos odeiam os indianos, mas os indianos também odeiam outros indianos, os hindus acreditam que as vacas são sagradas enquanto os muçulmanos comem as vacas. Ao visitar o hospital do local Patterson fica sabendo que um operário foi atacado por uma fera e escapou, então resolve naquela mesma noite amarrar um burro como isca e fazer uma vigília em cima de uma árvore aguardando a fera aparecer. Em certo momento um leão aparece e Patterson abate ele com um tiro. No dia seguinte o leão morto é exibido e os operários se mostram satisfeitos, porém esse leão não são os "vilões principais" do filme. Enquanto distribuía tarefas a Angus, um dos operários diz que já matou um leão e com as próprias mãos! Esse é o sujeito:
   A próxima cena mostra como se tivesse passado 7 semanas. Uma noite, o sujeito que disse ter matado um leão com as mãos é atacado em sua tenda por um leão (esse sim um dos vilões!) quando dormia e arrastado para fora por vários metros até ser morto enquanto os outros trabalhadores acordaram de sobressalto:

   Na manhã seguinte Patterson vai até o local onde encontra o cadáver do trabalhador e o leva para o hospital onde o médico diz que o leão primeiro arrancou a pele da face do cara e depois devorou parte dos pés e que leões não matam assim. Patterson faz mais uma vigília em uma árvore mas não apareceu nenhum leão. Ao amanhecer Patterson chega a um lugar onde os trabalhadores estão parados e discutindo e fica sabendo que outro trabalhador foi atacado por um leão e morto, Samuel diz que na aldeia dele se costuma construir cercas de espinhos e manter grandes fogueiras a noite para afastar as feras. Patterson dá ordens para se fazer isso e diz que haverá toque de recolher á noite. Uma noite Angus diz que gosta de trabalhos manuais ao limpar as mãos sujas de sangue e começa a falar sobre sua meta de converter as pessoas a fé cristã. Samuel finge começar a meditar. Patterson diz que é imune á conversão porque seu pai era católico e sua mãe protestante, Samuel diz que tem quatro esposas! No dia seguinte Samuel entrega uma carta a Patterson da esposa dele. Enquanto está lendo a carta de sua esposa, um leão ataca os trabalhadores á luz do dia e todos fogem na confusão. Patterson larga a carta e se dirige ao local acompanhado de Samuel e Angus armados. Ele chega até onde um leão está devorando o corpo de um trabalhador e faz mira, porém outro leão que estava no telhado de um local salta na frente dele ferindo Patterson no braço e Angus no pescoço, depois os leões fogem. Patterson recita diante do corpo já morto de Angus um versículo bíblico relacionado ao episódio de Daniel que foi salvo de ser devorado pelos leões. Samuel diz na forma de narrativa que os trabalhadores nomearam os leões de a Sombra e a Escuridão e que aquilo nunca tinha acontecido antes pois leões comuns atacavam sozinhos não em dupla e aqueles atacavam a qualquer hora do dia e da noite e que alguns diziam que aqueles leões eram os espíritos de velhos curandeiros que voltaram para espalhar o terror, e outros diziam que eles eram enviados do diabo para impedir o homem branco de dominar o mundo e que acreditava nisso na época. Vale mencionar que o comportamento anormal dos leões inclusive passando debaixo da cerca de espinhos, evitando as armadilhas e buscando carne humana mais do que de outros animais levou os trabalhadores, em especial os nativos africanos a acreditarem em várias teorias sobrenaturais sobre esses leões principalmente porque o folclore africano realmente possui muitas lendas que se encaixavam naquela situação. A próxima cena mostra Patterson discutindo com um dos capatazes porque muitos trabalhadores estão decidindo abandonar a obra e o chefe de Patterson chega de trem. O chefe pergunta qual é o problema e Patterson diz que os trabalhadores estão com medo por causa dos leões chamados a Sombra e a Escuridão e diz que cerca de 30 homens já foram mortos por esses leões. Patterson mostra ao chefe sua nova armadilha feita de um vagão de trem com um mecanismo que fecha a porta quando os leões entrarem e ele permanecerá dentro atrás de umas grades para atirar neles. O chefe tripudia da armadilha de Patterson e diz que contratará um caçador profissional chamado Remington e que se tiver de voltar acabará com a reputação dele. Três caçadores são contratados por Patterson para aguardarem dentro da armadilha. Á noite quando eles já estavam dormindo um leão entra e a armadilha se fecha mas nenhum tiro que eles deram acertou e o leão foi embora por uma passagem. No dia seguinte Patterson dá uma dura nos caçadores e enquanto discute com um dos capatazes chamado Abdullah, Remington, interpretado por Michael Douglas faz sua apresentação um tanto quanto teatral. Em um dia bastante ensolarado, Remington acompanhado de Samuel, Patterson e vários nativos de uma tribo seguem atrás dos leões por uma floresta adentro. Patterson fica de frente com um dos leões mas seu rifle falha e Remington o repreende por ter usado um rifle de outra pessoa que não foi testado. Depois, Remington e Patterson enchem o local onde era o hospital de sangue e pedaços de vaca por dentro e por fora e passam a noite dentro aguardando. Um dos leões se aproxima, mas, eles resolvem atacar o outro local para onde os doentes foram levados e fazem uma bagunça por lá inclusive o médico foi morto. Remington diz que viu pegadas frescas e ele e Patterson seguem a trilha a té chegarem a uma caverna onde encontram muitas ossadas humanas e Remington se espanta dizendo que leões não faziam aquilo e que aqueles leões estavam caçando pessoas por prazer. Uma noite Patterson teve a ideia de usar uma "machan" uma plataforma feita de madeira que os caçadores costumavam usar na Índia onde ele passaria a vigília esperando os leões. Remington ficou em uma árvore próxima e Samuel perto da ponte. Á noite um dos leões se aproximou da machan e uma coruja fez com que Patterson caísse no chão (na vida real Patterson não caiu por causa da coruja, mas a coruja o atrapalhou perturbando sua cabeça durante a noite). Quando ele caiu um dos leões saltou sobre ele mas, ele conseguiu atirar com uma pistola que Ramington havia lhe dado e o leão se afastou. Patterson e Remington rasteiam o leão e quando ele saltou sobre Patterson Remington acertou um tiro nele que o derrubou (na vida real Patterson e um ajudante permaneceram na machan e apenas quando amanheceu eles desceram e encontraram a fera morta próxima dali). Naquela mesma noite Remington e Patterson comemoram bebendo champagne e dizendo que agora o outro leão estava sozinho. Patterson sonha que sua esposa junto com seu filho bebê vai até a África onde ele está e é atacada pelo outro leão, assim ele acorda assustado. Ao se levantar ele não encontra Remington na tenda dele e vê sangue no local. Patterson corre para fora com um rifle e Samuel encontra o corpo de Remington já morto e cobre o corpo com seu manto. Os dois ateiam fogo no corpo dele ali mesmo e Patterson resolve pegar um pedaço de madeira das chamas e atear fogo em toda relva alta ao redor:

   Enquanto andava pela ponte bastante alterado pela morte de Remington, Patterson é atacado pelo outro leão e deixa sua arma cair, depois corre até conseguir subir em uma árvore enquanto o leão tenta subir. Em uma árvore próxima Samuel tenta jogar uma arma para ele mas a arma cai, Patterson resolve saltar da árvore, pegar a arma do chão e atirar no leão, depois de atirar duas vezes o leão morre (na vida real esse segundo leão foi morto quando Patterson vigiava novamente na machan e atirou e depois perseguiu o leão vários metros dali junto com outros assistentes tendo que dar mais dois tiros nele um no chão e outro depois de subir em uma árvore pois esse leão ainda tinha energia suficiente para atacar e quando ele desceu da árvore teve que dar mais dois tiros para enfim matar o leão). Em outra cena durante o dia Samuel avisa a Patterson que sua esposa chegou (em uma língua nativa que pelo visto ele Patterson aprendeu) e ele vai até o local se encontrar com eles, assim termina o filme. 
   Encerrando, belo filme bem divertido. Na vida real os dois leões mediam quase três metros da cabeça á calda, não tinham juba e foi necessário oito homens para carregar seus corpos. Em 1924 um museu em Chicago comprou as peles e os crânios dos leões de Patterson e os reconstruíram empalhados embora menores pois a pele tinha sido cortada. Os registros afirmam que cerca de 130 trabalhadores foram mortos pelos leões na época embora não haja certeza e o número pode ter sido maior. 

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

RESENHA DE CDS-35

   Olá pessoal! Vou fazer nesse post a resenha do álbum de uma banda que é referência do ramo do black metal: Dimmu Borgir.
   Dimmu Borgir é uma banda de black metal da Noruega formada em 1993 e tem como vocalista desde a fundação até hoje em dia "Shagrath" nome artístico de Stian Tomt Thoresem que também sabe tocar vários instrumentos. O nome da banda veio do nome de uma montanha de origem vulcânica da Islândia e significa algo como "castelo sombrio". 
   O estilo "black metal" é caracterizado pelo som extremamente pesado, bateria "metralhadora", vocal gutural e letras com temas "satânicos" ou contestadores da Igreja Católica, frequentemente os músicos desse estilo fazem uso de símbolos católicos invertidos, maquiagem carregada e performance teatral no palco. Pessoalmente eu não gosto nem da maquiagem dos músicos do estilo, nem das roupas e performance exageradas, mas quanto ao som ás vezes encontro algo que me chama atenção pela qualidade, em muitos aspectos, soa quase o mesmo que o denominado "death metal" diferenciado-se apenas pela temática. Eu não tenho intimidade com esse segmento do metal, e, apenas me chama atenção os vocais rasgados do Nergal vocalista da banda Behemoth e os trabalhos do Dimmu Burgir, inclusive o próprio Dimmu Borgir é considerado por muitos como "black metal sinfônico" devido ao uso de elementos de música clássica, muitos a consideram uma banda "mainstream" ou digamos a mais "pop" do black metal. O fato é que percebe-se nos trabalhos deles não apenas peso, mas, muita qualidade, muita música clássica, isso é natural no estilo deles porque eles vem de uma safra de bandas de metal da Noruega dos anos 90 e 2000 que tinham como marca registrada o clima sombrio, bandas dessa safra tornaram-se referência para o público "gótico". O álbum sobre o qual vou falar é o "In Sorte Diaboli" lançado em 2007 essa é a capa:

   Não vou me deter em explicações sobre a capa, inclusive descartei ela porque detestei. Esse álbum foi lançado em formato "deluxe" com cd e dvd. Algo impresso no cd vale a pena mencionar, veja o desenho:
   Talvez essa ilustração impressa no cd físico tenha passada despercebida pelos fãs, afinal bandas estilo black metal fazem uso de tantos pentagramas (a maioria de cabeça-para-baixo) e variações de pentagramas que muitos devem ter considerado esse mais um sem significado específico. Mas, para não deixar margem para especulações vou explicar de onde veio esse. Trata-se de um "pantáculo" (uma figura elaborada e com propósito magístico bem definido) chamado "Sigilo Dei Aemeth" criado pelo famoso ocultista inglês da renascença John Dee (1527-1608). Aqui uma pintura representando Dee:
   Dee teve uma vida repleta de peripécias e mistérios e por isso ás vezes algumas obras de ficção fazem menção a ele, inclusive o Iron Maiden se refere a ele na música "The Alchemist". Eu fiz uma breve menção biográfica sobre ele em meu livro "Análise Sobre Mitos e o Oculto" que já está disponível para venda no site da Editora Anunaki https://www.anunaki.com.br mas, outros escreveram muito mais a respeito de sua vida e suas obras. Esse pantáculo que é chamado mais vulgarmente de "selo de Deus" foi gravado por Dee em uma pedra e em seu uso original deve ser colocada no centro de uma mesa a "Tábua Sagrada" repleta de pantáculos bem elaborados e com uma bola de cristal por cima com o propósito de realizar a comunicação com as entidades chamadas "anjos enoquianos". Essa pedra e outros artigos de Dee existem até hoje e pertencem ao museu britânico veja ela:
   Porque tal símbolo foi impresso no cd podemos apenas especular, talvez tenha sido colocado porque algum integrante da banda ou da equipe de produção pratique a "magia enoquiana" sistema oculto deixado por Dee, embora isso seja mais a cara dos membros da banda Therion (vale apena falar sobre as referências ao ocultismo presentes nos trabalhos do Therion, mas, em outro blog que farei futuramente). Assim, esclarece-se a origem de tal símbolo, vamos ás músicas então:
   Começa com "The Serpentine Offering" que no início apresenta corais e atmosfera sinfônica e depois entra o peso do metal, ela possui um videoclip e é muito boa. "The Chonsen Legacy" começa com muita velocidade e apresenta muitas variações, outra boa. "The Conspiracy Unfolds" se apresenta não tão pesada quanto as anteriores, mas, mantém o alto nível. "The Ancestral Fever" também tem muitas variações e é ótima. "The Sacrilegius Scorn" tem mais clima sinfônico do que as outras e belo coral. "The Fallen Arises" é apenas o interlúdio, apenas uma melodia suave para descansar o ouvinte antes da próxima leva de brutalidades. "The Sinister Awakenig" com seu refrão "Antichristus Spiritualis" é a minha preferida desse cd! "The Fundamental Alienation" começa com um coral que nos faz sentir como se estivesse em um mosteiro da Idade Média, depois entra o peso e o clima de mosteiro fica ao fundo, muito boa. "The Invaluable Darkness" se apresenta bem aviltadora. "The Foreshadowing Furnace" encerra o trabalho com muitas variações.
   Concluindo, taí um trabalho de referência do estilo black metal na minha opinião, pesadíssimo, com vocal rasgado do Shagrath, veloz em algumas partes, tudo isso com uma atmosfera sombria e um clima clássico de muito bom gosto. Em um dos últimos trabalhos deles o cd "Abrahadabra" de 2010 o clima sinfônico até mesmo prevalece sobre o peso e nas apresentações dessa leva eles chegaram a colocar no palco coral com muitas vozes e orquestra com instrumentos clássicos, o metal chega a ser subjugado pelo clima sinfônico e é um dos trabalhos deles que eu mais gosto, merece até uma resenha, talvez para outra oportunidade.    
      


domingo, 24 de setembro de 2017

ANÁLISE  SOBRE  LIVROS-6

   Olá a todos! Nesse post vou falar sobre os livros que contam as aventuras do detetive da ficção mais famoso do mundo: Sherlock Holmes, escritos por Arthur Conan Doyle.
   Arthur Conan Doyle nasceu em 1859 na Escócia, faleceu na Inglaterra em 1930. Em 1881 formou-se em medicina e se engajou como médico de bordo em um navio em viajem pela costa oeste da África. As dificuldades que enfrentou na viajem o fizeram desistir no mesmo ano, voltando á Inglaterra e montando seu consultório para trabalhar como médico. O início da carreira de médico foi muito difícil, tinha pouquíssimos clientes e passava o tempo que tinha ocioso lendo e escrevendo. Casou-se com sua primeira esposa em 1885 com quem teve dois filhos. Ela sofria de tuberculose e faleceu em 1906. Em 1907 se casou com sua segunda esposa com quem permaneceu até morrer e com quem teve mais três filhos. Era um esportista ativo tendo jogado futebol amador, críquete, boliche e golfe além de ter uma grande admiração pelo boxe, chegou a escrever aventuras sobre boxe. Aqui uma foto de Conan Doyle que ganhou o título de Sir pelos serviços prestados á Inglaterra em 1902:
   Em 1887 publicou o livro "Um Estudo Em Vermelho" no qual aparece pela primeira vez seu personagem mais famoso, o detetive Sherlock Holmes. Sherlock Holmes é um personagem que possui características singulares que o fizeram ser muito querido pelos leitores. Alguns sugerem que o personagem tenha sido baseado em outro detetive de ficção: C. August Dupin que apareceu no livro "O Assassinato da Rua Morgue" lançado em 1841 por Edgar Alan Poe. Muito da personalidade de Sherlock Holmes como seu estilo de trabalho metódico e extrema atenção aos detalhes, Doyle copiou de seu ex-professor da universidade Joseph Bell. Holmes aparece em vários outros livros, os que eu tenho são "O Signo Dos Quatro", "As Aventuras de Sherlock Holmes", "Memórias de Sherlock Holmes" e "A Volta de Sherlock Holmes", é possível traçar um perfil do personagem baseado nesses. Antes de mais nada, é preciso esclarecer que a imagem de Sherlock Holmes vestido com sobretudo de lã geralmente de cor clara e xadrez, chapéu estilo deerstalker fumando cachimbo constantemente e direcionando sua lente de aumento pra todos lados é totalmente estereotipada e foi propagada por causa das primeiras representações do personagem no teatro. Vamos reconstruí-lo, então, baseado nos livros. Sherlock Holmes nasceu em 1854 filho de pequenos proprietários de terras, seu o único parente vivo conhecido é seu irmão mais velho Mycroft Holmes que é mais alto, mais corpulento e possui habilidades de observação ainda mais apuradas que o irmão, embora não use suas habilidades profissionalmente, trabalha na auditoria de livros de alguns departamentos do governo embora ajude Holmes quando esse lhe solicita. Quando ainda estudava na universidade (o curso seria de química, pelas referências) Holmes desenvolveu seus curiosos métodos de investigação e dedução, mas, para ele era apenas um passatempo com o qual entretinha seus colegas da universidade. Na história "O Glória Scott" presente no livro "Memórias de Sherlock Holmes" na época em que estudava na universidade, quando passou férias na casa do pai de um amigo e fez observações sobre o senhor, esse ficou admirado e disse a Holmes que aquele dom dele era extraordinário e que deveria seguir a carreira de detetive. Estabeleceu sua base como detetive consultor primeiramente em 1878 aos 24 anos na Montague Street. Depois mudou-se para o famoso apartamento no número 221-B na rua Baker Street onde passou a dividir o aluguel com o dr.Watson seu inseparável amigo que conheceu na aventura narrada no livro "Um Estudo Em Vermelho". Não se sabe se concluiu ou não o curso universitário (que seria de química). Antes de se estabelecer como detetive tentou seguir carreira como boxeador amador e ás vezes é lembrado pelos boxeadores contra quem lutou com admiração pelos seus golpes. No livro "A Volta de Sherlock Holmes" revela que estudou "baritsu" técnica de defesa pessoal, junto a prática de boxe, tais habilidades o tornam um formidável adversário em uma luta corpo-a-corpo contra outros adversários, e ele teve de recorrer a isso em várias histórias para se safar de situações difíceis. Ao longo das histórias revela que escreveu vários livros, monografias sobre temas técnicos como "Sobre A Diferença Entre As Cinzas de Vários Tipos de Tabaco" onde enumera cento e quarenta tipos de tabaco com ilustrações sobre as cinzas, um tratado sobre a influência das profissões na forma das mãos das pessoas, um tratado sobre as marcas dos pés com observações sobre o uso de gesso para preservar impressões e um tratado sobre métodos de escrita secreta onde analisa cento e sessenta códigos diferentes. Além disso, conhecia a fundo vários tipos de marcas de lama que o permitia saber por observação de que local num raio de 80 km de Londres veio tal pessoa, e também tinha conhecimento de grafologia que lhe permitia saber as características e personalidade de alguém ao observar sua escrita.
   Suas habilidades úteis na profissão de detetive são realmente impressionantes, também faz uso de um tipo de "grupo de espiões" particulares que ele chama de "Irregulares da Baker Street": uma dúzia de garotos de rua maltrapilhos a quem Holmes paga uns trocados para bisbilhotarem por aí e lhe trazerem informações úteis em suas investigações. Ele lê muitos jornais diariamente para se manter informado. Mantém um arquivo estilo enciclopédia com as fichas de personagens com o qual ele esbarrou em suas investigações. Possui ligação direta com a polícia de Londres a Scotland Yard que muitas vezes leva a ele casos difíceis de solucionar ou pede sua ajuda, Lestrade o inspetor da polícia tem uma certa rivalidade com Holmes na resolução dos casos e custa admitir a valiosa ajuda que esse lhe presta. Holmes não faz questão de levar o crédito pela resolução de casos que lhe trariam muita fama, muitas vezes deixa a polícia levar todo crédito e pede que seu nome não seja citado por eles. A taxa que cobra de seus clientes para investigar os casos é um valor fixo que ele nunca muda, mas não deixa de ajudar alguém que não tenha condições de pagar no momento, desperta mais seu interesse a peculiaridade dos casos e já ganhou quantias polposas como recompensa ao ajudar alguns ricaços. Embora discreto, é bem conhecido em toda Europa e resolveu casos em que muitas monarquias lhe foram gratas.
   Quanto a seus hábitos particulares, esses são realmente excêntricos. Tem aversão a vida social, raramente vai a festas e teatro, mas, gosta muito de música e quando pode vai a concertos, sabe até mesmo tocar violino e improvisa com ele quando deseja se distrair. Raramente acorda cedo quando não tem nenhum caso para investigar, leva um estilo de vida "largado" e nunca se casou, diz que relações amorosas podem atrapalhar sua avaliação clara dos casos, mas, quando quer é muito atencioso e cavalheiro com as mulheres. Quando nenhum caso surge, recorre a todo tipo de tabaco para passar o tempo: charutos, cigarros (que surgem a partir do livro "Memórias de Sherlock Holmes") e cachimbo. Seu estado de ânimo normal é descrito como taciturno, Watson descreve esses estados como triste ou melancólico embora seja comum para o próprio Holmes. Para quebrar a monotonia recorre ao uso de cocaína diluída em água e injetada na veia (a cocaína naquela época fim do séc. XIX era uma droga nova e muitos médicos até indicavam, isso, é claro, antes de chegar a seus conhecimentos os efeitos nocivos de seu uso) ou morfina, mas, Watson o convenceu a largar tais substâncias. No livro "O Enigma Dos Quatro" Holmes diz a Watson que o mundo é monótono e enfadonho e que quando não surge um caso onde pode fazer uso de suas espantosas habilidades físicas e mentais, usa essas substâncias para fazer seu cérebro "funcionar intensamente". 
   É possível encontrar características de Doyle tanto no seu personagem Holmes quanto em Watson, inclusive Watson era médico assim como o autor, e, em "Memórias de Serlock Holmes" há referência a uma mulher inglesa com tuberculose como sua primeira esposa. Holmes é muito reservado e Watson serve basicamente para interagir com ele e extrair seus pensamentos e opiniões, as histórias são narradas como relatos que Watson publica dos casos de Holmes, mas, Holmes declara achar esses relatos muito sensacionalistas e que eles não valorizam seus métodos de dedução "puramente científicos". Outra ocupação de Holmes quando tem tempo livre são suas experiencias de química e ele ás vezes fica acordado a madrugada toda até o dia seguinte mexendo com seus tubos de ensaio. Doyle quis dar um fim a Holmes matando-o no livro "Memórias de Sherlock Holmes" onde o personagem desaparece em uma luta contra o professor Moriarty nas cataratas de Recheinbach na Suíça. Mas, seus leitores ficaram inconformados, e ele trouxe Holmes de volta a vida explicando como ele se safou nas histórias de "A Volta de Sherlock Holmes". Após atuar como detetive por vinte e três anos, o personagem Sherlock Holmes se retira do ramo e vai morar apenas com uma velha empregada em uma fazenda em Susex á beira do Canal da Mancha se dedicando a apicultura.
   Por fim, embora Doyle quisesse se tornar conhecido por trabalhos mais "sérios", foram as aventuras de Sherlock Holmes que lhe deram mais dinheiro e prestígio, na verdade Sherlock Holmes é até mais conhecido que o próprio nome do autor. Embora eu tenha apenas esses quatro livros que citei, recomendo todos os livros que narram as aventuras de Sherlock Holmes, são aventuras muito interessantes, entretenimento de primeira para serem lidos e relidos!     
       

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

RESENHA  DE  CDS-34

   Olá pessoal! Nesse post vou fazer resenha do primeiro trabalho da banda MaYaN (é assim mesmo que se escreve alternando letras maiúsculas e minúsculas).
   O MaYaN é uma banda de death metal sinfônico formada em 2010 por Mark Jansen, grande nome do metal que já integrou o After Forever e atualmente ainda está no Epica. Em 2011 foi lançado o primeiro trabalho da banda chamado "Quarterpast" sobre o qual vamos falar, essa é a capa:
   Quem já conhece o Mark sabe que ele tem um grande fascínio pela extinta civilização maia da América Central o que é evidente em muitas ilustrações dos trabalhos do After Forever e do Epica. Nesse trabalho a influência desse fascínio do Mark se percebe logo no nome da banda, e, especificamente na capa desse álbum. Nessa capa vemos á esquerda uma daquelas pirâmides atribuídas aos maias com alguns sujeitos com cabeça de ovelha na frente e á direita vê-se ao fundo construções típicas das nossas cidades modernas e outros sujeitos com cabeça de ovelha na frente. No centro da imagem vê-se um sujeito de terno que não possui cabeça de ovelha, mas, costurou uma máscara de ovelha e oferece ouro e jóias em uma mão e a outra mão escondida nas costas tem os dedos cruzados gesto típico de quem pretende quebrar um juramento. O simbolismo é bem óbvio: representa um político que engana o povo (retratado como ovelhas, animais de rebanho) desde o passado na civilização maia e na atualidade. Agora vamos ás músicas.
   "Symphony of Agression" começa bem agressiva, bateria rápida e guitarras distorcidas, logo entra o vocal gutural do Mark, e mais ou menos na metade entra o vocal da Simone Simons dando uma certa suavidade, é boa. "Mainstay of Society" é uma das minhas preferidas, Mark arrebenta nos vocais guturais e o refrão é muito marcante. "Quarterpast" é um tipo de interlúdio apenas sinfônico com um suave coral ao fundo. "Course of Life" começa muito bem e ouvimos pela primeira vez a participação vocal do alemão Henning Basse que já trabalhou nas bandas Metalium, Sons of Seasons e Firewind. A voz do Basse tem características muito próprias e na minha opinião combinaram muito com a atmosfera pesada e sinfônica do MaYaN. Também se ouve a participação da Floor Jansen, essa música é mais uma das boas. "The Savage Massacre" começa bem rápida e pesada depois ganha nuances suaves e líricas com a voz da Simone voltando ao peso no finalzinho. "Essenza de Ti" é totalmente lírica cantada pela Simone e destoa bastante do clima pesado do resto. "Bite The Bullet" começa arrebentando! As participações tanto do Basse quanto da Floor Jansen são excelentes é a minha preferida desse trabalho. "Drown The Demon" está pesadíssima sem deixar de ser ser sinfônica também. "Celibate Aphrodite" apresenta muitas variações ás vezes pesadíssima, e ás vezes um pouco lenta e mais sinfônica. "War On Terror" começa lenta, depois se transforma num típico death metal bem pesado. "Thite" encerra o trabalho mas parece um interlúdio também com um piano e um barulho esquisitinho ao fundo. De bônus no cd veio "Sinner's Last Retrat" muito boa com todas as variações presentes nas músicas anteriores.
   Por fim, esse é um trabalho que deve agradar tanto aos adeptos do death metal pesadão quanto aos adeptos do metal sinfônico, cada música mostra muitas variantes: peso, velocidade, lirismo de música clássica. Pra eu que gosto muito do vocal gutural do Mark achei demais, e, as participações do Henning Basse são incríveis, esse é sem dúvidas um trabalho muito consistente das safras mais recentes do metal.   

sexta-feira, 28 de julho de 2017

ANÁLISE  SOBRE  LIVROS-5

   Olá a todos! Nesse post vou falar sobre um livro que terminei de ler recentemente chamado "Gog" do autor Giovanni Papini. Antes de falar sobre o livro, vamos falar um pouco sobre o autor.
   Giovanni Papini nasceu em Florença, Itália em 1881 e faleceu na mesma cidade em 1956. Seu pai foi um soldado que lutou nas guerras de independência da Itália lideradas por Garibaldi e sua mãe foi responsável por sua educação inicial. Desde jovem foi um ávido leitor. Formou-se na universidade de Florença. Trabalhou como bibliotecário em Florença e fundou revistas literárias que foram muito influentes. Seu primeiro livro publicado foi "Um Homem Acabado" de 1912 que tinha um conteúdo auto biográfico e falava sobre suas impressões e experiências da juventude. Escreveu mais de sessenta livros. Seu livro "Dante Vivo" de 1933, uma biografia de Dante Alighieri ganhou o Prêmio Mussolini, nessa época ele recebeu apoio de Mussolini que realizava um incentivo as artes no geral, o próprio Papini apoiou o regime fascista embora não possamos afirmar com certeza que ele foi um fascista convicto ou apenas estava emitindo opiniões para resguardar a si mesmo e suas obras. Nasceu de uma família católica, mas, ele foi a princípio muito cético em relação a religião, apenas no fim de sua vida se converteu em um católico fervoroso. Aqui uma foto de Papinni quando ele era jovem:
   O que se destaca em suas obras na minha opinião é a sua crítica a sociedade moderna visível nesse seu livro do qual vamos falar que é considerado uma de suas melhores obras: "Gog" de 1931.
   A história do livro é uma ficção falando sobre as experiências exêntricas e ideias de um personagem chamado Gog. Gog é um sujeito mestiço de mãe nativa do Havaí e pai americano que quando jovem foi para os EUA ganhar a vida e trabalhou por muitos anos acumulando grande fortuna e se tornando um dos homens mais ricos do mundo. Seu nome verdadeiro é Goggins mas ele gostava do apelido que lhe deram de Gog que é um personagem bíblico relacionado ao "Apocalipse" ou "fim do mundo". Papinni começa o livro falando sobre como ele conheceu Gog em um manicômio quando visitava um amigo internado lá. Após conversarem várias vezes, Gog entregou a ele folhas escritas em inglês que eram as narrativas de suas aventuras. Após ficar rico, Gog resolveu viajar pelo mundo e dar vazão a várias extravagâncias que tinha vontade  e conhecendo personagens famosos como Freud, Einstein e outros. O conteúdo dessas folhas é o resultado das impressões e aventuras de Gog. Depois de entregar essas folhas, Gog saiu do manicômio e foi para outro. O autor então publica o livro como se fosse o resumo dessas folhas que Gog lhe entregou. 
   Obviamente existem muitas fantasias e maluquices nesse livro e o autor não conheceu pessoalmente os personagens mencionados no livro, mas, o que achei mais interessante é a opinião de Gog (naturalmente Papinni usou o personagem Gog para emitir suas próprias opiniões) sobre vários temas principalmente sua crítica a sociedade moderna. Aqui alguns trechos:


CAPÍTULO  XXIV--Diversões

   "Experimentei o ópio: me idiotiza. Todos os tipos de álcool: me transformam num louco repugnante. A cocaína: embrutece e encurta a vida. Haxixe e éter são bons para pequenos decadentes ainda distantes da meta final. A dança é um suadouro imbecilizante. O jogo assim que perco dois ou três milhões me enjoa: emoção muito cara e comum. Nos music halls só se encontram os mesmos bandos de girls todas pintadas, tudas nuas, todas detestáveis, todas iguais. O cinema é uma ignomínia reservada ás classes populares.
   A velocidade -de carro ou de avião- distrai a princípio mas torna-se logo ridícula: não se vê nada e chega-se aparvalhado a lugares dos quais só se quer sair. O teatro é diversão para velhos e esnobes impregnados de estética.(...).
   Para o esporte é necessário ser jovem, de gosto fácil e primitivo."

   

CAPÍTULO XXVI--Visita a Lênin

   "-Os homens, Sr. Gog, são selvagens medrosos que devem ser dominados por um selvagem sem escrúpulos como eu. O resto é conversa, literatura, filosofia e música para uso de trouxas. E como os selvagens são semelhantes aos deliquentes, o último ideal de todo governo deve ser o de tornar o país parecido com uma prisão. (...). Meu sonho é transformar a Rússia numa imensa prisão (...). 
   -E os camponeses?
   -Odeio os camponeses-respondeu Lênin com uma careta de desprezo- odeio o mujik (camponês em russo) idealizado por aquele imbecil ocidental chamado Turghenief e por aquele hipócrita fauno convertido que é Tolstoi. Os camponeses representam tudo aquilo que detesto: o passado, a fé, as heresias e as manias religiosas, o trabalho manual. Eu os tolero e acaricio mas os odeio. Gostaria de vê-los desaparecer a todos até o último. Um eletricista vale, a meu ver, cem mil camponeses.(...). Não me creia cruel. Todos estes fuzilamentos e enforcamentos executados por minha ordem me cansam. Odeio as vítimas sobretudo porque me obrigam a matá-las. Iludo-me de ser o diretor geral de uma penitenciária modelo (...). Eu sou, digamos, um semideus local, acampado entre a Ásia e a Europa (...). E eu, ao invés dos hinos dos fiéis, sinto subir até mim os gritos dos prisioneiros e dos moribundos, e posso garantir-lhe que não trocaria essa sinfonia pelas nove de Bethoven. 
   Pareceu-me ver o rosto de Lênin inclinar-se para a frente á escuta de uma música silenciosa e solene que só ele podia ouvir."

CAPÍTULO XXXI--Visita a Edison

   "-Percebe-se logo que o senhor é um profano mas assim mesmo saberá que idealizei numerosos daqueles brinquedos elétricos que os homens, eternas crianças, chamam pomposamente de "grandes invenções". (...). O senhor tem diante de si um velho técnico desencantado para não dizer falido. Não conte a ninguém que o próprio Edison lhe contou da bancarrota da ciência. Os ignorantes precisam de ilusões, os operários precisam trabalhar e os industriais precisam ganhar."

CAPÍTULO XXV--O Teatro Sem Atores

   Um engenheiro de Pittsburg, que aqui representa uma fábrica americana, levou-me a outra noite a um ponto de encontro de boêmios que tem um pouco de botequim, um pouco de café, de teatro e de casa de jogo. As pessoas bebem, fumam e se chateiam como em todos os lugares. (...)."


CONCLUSÃO

   Resumindo, o livro "Gog" é composto de 70 capítulos, contos breves e muito agradáveis de serem lidos aleatoriamente. Garanto que me diverti muito com as viagens e loucuras fictícias de Gog, recomendo a todos!


  
  
      

quarta-feira, 19 de julho de 2017

RESENHA  DE  CDS-33

   Olá pessoal! Nesse post vou fazer a resenha do segundo trabalho da parceria Michael Kiske e Amanda Somerville de 2015 chamado "City of Heroes" essa é a capa:
   Os vocalistas:
   Em um post anterior aqui nesse mesmo blog a "RESENHA  DE  CDS-21" eu falei sobre o primeiro trabalho dos dois chamado simplesmente "Kiske & Somerville" de 2010. De muito bom gosto esse. Nesse "City of Heroes" eles apresentam outro trabalho muito bem feito. Vamos às músicas.
   Começa com "City of Heroes" que tem belos riffs de guitarra abrindo e os dois estão ótimos alternando os vocais, deram muito certo! "Walk on Water" mais cadenciada é legalzinha. "Rising Up" começa parecendo alguma coisa do Tobias Sammet, é um bom power metal. "Salvation" tem mais consistência, é uma das minhas preferidas do álbum. "Lights Out" soa pop levinha mas não é ruim. "Breaking Neptune" tem marcantes riffs na abertura e refrão grudento, é mais uma bastante consistente, outra das minhas preferidas. "Ocean of Tears" é a baladinha do trabalho, começa despretensiosa mas lá pro final fica bem emotiva, muito boa. "Open Your Eyes" soa pop. "Last Goodby" é um popzinho animado. "After The Light Over" bem leve. "Run With A Dream" outro popzinho animado. "Right Now" termina o trabalho de maneira pop, mas termina bem. 
   Resumindo, tá muito bom o trabalho todo, de muito bom gosto como era de se esperar dos dois. Deve agradar o pessoal que gosta de um power metal mas não tem nada pesado, eu diria que tem coisas que seriam bem vindas numa playlist pra rotina, pro dia a dia.  
    

sexta-feira, 7 de abril de 2017

RESENHA  DE  CDS-32

   Olá pessoal! Nesse post vou fazer uma resenha de um cd de uma banda que, só leva porrada dos "metaleiros" que a consideram uma aberração pop, porém, os caras não tão nem aí e nadando no dinheiro igual o Tio Patinhas: o Nickelback! 
   O pessoal da banda começou a se reunir em meados de 1995 no Canadá, tocando covers, composta por Chad Kroeger, seu irmão Mike Kroeger, um amigo de longa data e mais outros. Em 1996 resolveram colocar o nome da banda de Nickelback que significa "nickel"-troco e "back"-de volta, ou seja: troco de volta. A origem da ideia do nome é porque o irmão de Chad, o Mike trabalhava em uma loja de café e frequentemente falava aos clientes "here is your nickel back" "aqui está seu troco de volta". Em 1996 gravaram uma demo. Em 1999 assinaram com uma gravadora. Em 2001 foi lançado o álbum "Silver Side Up" que tornou a banda conhecida mundialmente e trouxe o mega hit "How Are You Remind Me". Na verdade antes de se tornarem conhecidos fora do Canadá os shows do Nickelback já atraíam grande público, em todas cidades e bares que se apresentavam o local enchia, já era uma febre. Em seguida lançaram "The Long Road" em 2003, "All The Rigth Reasons" em 2005, e aquele sobre o qual vou fazer a resenha o "Dark Horse" em 2008.
   Chad teve uma juventude conturbada e fala de algumas coisas que fazia na letra da música "Photograph". Aos 14 anos foi internado em um reformatório onde tinha garotos mais velhos que ele. Sua voz é grave, áspera e cavernosa, fazendo uma comparação com outros vocalistas com voz parecida, podemos colocar o Eddie Vedder do Pearl Jam como um grau abaixo, Scott Stapp do Creed um grau acima e o Chad do Nickelback ainda mais acima dos outros em gravidade e aspereza da voz. Vamos ao cd:
    "Dark Horse" "cavalo preto" é uma gíria norte americana que é usada quando algo inesperado e bacana aparece. Esse é o meu cd preferido do Nickelback nunca canso dele. Começa com "Something In Your Mouth" "alguma coisa na sua boca" é uma letra pornográfica mesmo, falando de uma garota! Logo no começo tem uns riffs que lembra algo bem country e a voz do Chad cria uma atmosfera pesada. "Burn In To The Ground" também começa com belos riffs, a letra fala de bebedeira. "Gotta Be Somebody" é uma daquelas baladinhas que tocou inesgotavelmente nas rádios, bacana. "I'd Come For You" é outra baladinha das boas. "Next Go Round" não gosto muito. "Just To Get High" significa "só pra ficar 'alto' " ou seja: alterado. A letra fala de um amigo do Chad viciado em drogas que ele tentou ajudar. Esse sujeito fazia barbaridades só pra "ficar alto" "ficar alterado". "Never Gonna Be Alone" dispensa comentários entre as baladinhas deles. "Shakin' Hands" fala de uma garota que "cresceu rápido porque cresceu pobre" e levanta uma grana com o próprio corpo. "S.E.X" já tá bem óbvio pelo título, mas não gosto da música. "If Today Was Your Last Day" "se hoje fosse seu último dia" faz essa reflexão "filosófica" de aproveite cada instante, tem um clima bacana. "This Afternoon" fala sobre uma noite de drogas e bebedeira com os amigos e alguma vadiagem pela cidade. Pessoalmente não gosto dessa. 
   Por fim, tá aí um rockzinho com clima meio country e umas boas baladinhas. Os "xiitas" do metal dizem que Nickelback não é rock? Pouco importa pra mim, gosto muito do clima da banda. Quem me conhece sabe que 90 % das bandas que eu gosto são bandas de metal sinfônico e power metal da Europa, mas, o que me levou a criar coragem pra arranjar um violão e tentar aprender como tocar foi o Nickelback. Não tem como ficar indiferente ao ver os vídeos deles tocando aquelas baladinhas versão acústica acompanhada da voz áspera do Chad. Tanto que meu violão só fica afinado um tom abaixo que é como se faz pro som ficar o mais próximo possível do som da música "Photograph". 
     

sexta-feira, 24 de março de 2017

RESENHA  DE  FILMES-17

   Olá a todos! Nesse post vou fazer a resenha do terceiro filme do Rambo "Rambo III" lançado em 1988. Sem dúvida é o meu preferido dos três filmes. Não vou recomendar o "Rambo IV" porque ele é horrível! Mas vamos ao Rambo III, esse é um dos pósteres:
    Começa mostrando uma embaixada dos EUA na Tailândia onde Trautman e outro sujeito saem e logo na saída mostra um caminhão de Coca-cola que logicamente patrocinou a produção assim como no primeiro filme. Trautman entra em um bar acompanhado de um representante da polícia local que mostra a foto de Rambo aos frequentadores perguntando se eles o conhecem, mas respondem negativamente. Rambo está em um lugar com muita gente reunida ansiosos pra assistirem ele lutando com bastões com outro cara:
   No fim da luta Rambo derrota o adversário e quase se excede, mas consegue se conter:
   Trautman assistiu a luta e tenta chamar a atenção de Rambo na saída, mas não consegue. Rambo ganha uma grana mas entrega o dinheiro para um monge e entra em um barco:

   Trautman acompanhado do policial local e mais um sujeito seguem Rambo até um templo budista, e o encontram trabalhando dobrando lâminas de latão usadas no revestimento do templo:
   Rambo e Trautman conversam amigavelmente e Trautman chama o Bob, Robert Griggs chefe americano da embaixada local que fala a Rambo sobre a guerra no Afeganistão e a ajuda que os americanos estão dando aos rebeldes de lá contra os russos (chamados de "soviéticos" afinal, ainda tinha aquele clima de Guerra Fria) e Trautman diz que vai para lá, Rambo diz que sua guerra já acabou. O local da obra do templo:
    Trautman vai atrás de Rambo e tenta convencê-lo a segui-lo nessa empreitada, contando á ele uma história de um escultor que criou uma estátua e quando terminou disse que a estátua já estava lá e que ele apenas removeu as arestas, assim, explica que o exército não "transformou" ele em uma máquina de matar, ele já era assim, apenas removeram as arestas. Trautman batendo um papo com ele:
   Depois que Trautman sai, Rambo fica pensando sobre isso. Enquanto isso, no Afeganistão Trautman está em um comboio de jeeps quando um helicóptero russo chega atirando, mas pelo alto falante o piloto diz para eles se rederem, Trautman se rende e é capturado:

   Robert Griggs vai até o templo onde Rambo está trabalhando e diz pra ele que os russos interceptaram Trautman na fronteira e o capturaram. Rambo se oferece para ajudar, Robert diz que não pode ser uma missão oficial (mais um caso em que o governo nega tudo se der errado) Rambo aceita mesmo assim.
   Na próxima cena mostra  uma cidade do Paquistão fronteira com Afeganistão onde Rambo anda por um mercado de rua. Ele entra em uma loja dizendo procurar um tal Mousa Chanin e fica olhando umas muletas e próteses na loja. Mousa aparece e diz que essas próteses são muito vendidas porque tem muitas minas terrestres no Afeganistão. Rambo diz que foi enviado por Griggs, Mousa estranha dizendo que ele não se parece um militar parece um "turista perdido". Mousa mostra á ele sua encomenda, ele está curioso quanto aos objetos da caixa. Rambo diz que são detonadores, Mousa pergunta sobre um negócio que ele nunca viu, Rambo diz que é uma "luz azul" Mousa pergunta o que ela faz, Rambo responde que...ela fica azul! Ha ha! Eles olhando a caixa e a "luz azul":
   Mousa diz que ele não parece ter experiência com guerra, Rambo responde que "já deu uns tiros"! Ha ha! Mousa duvida que Rambo consiga resgatar seu amigo no forte russo sozinho mas vai levá-lo até lá. Um cara de bigode que atendeu Rambo na loja fica de longe olhando, ele é um "agente duplo" trabalhando para os russos. 
   Na base russa, Trautman é levado pelo pescoço até o comandante da base por um russo grandalhão de barba que não tem como não comparar com o personagem Zangieff de Street Fighter! Trautman é colocado em uma cadeira com um tabuleiro de xadrez na mesa e o comandante da base chamado Zaysen (interpretado pelo ator Marc de Jonge) do outro lado:
   Zaysen pergunta a Trautman sobre as armas que seriam levadas aos afegãos, Trautman diz que só aceita ser interrogado pelos superiores de Zaysen. Zaysen responde que ali ele não tem superiores e dá uma golada na vodka "da terra", olha a garrafa aí na mesa:
   Depois pega e acende uma cigarrilha e vai até um espelho onde está o que parece ser as fotos de sua esposa e filhos:

   Zaysen diz que a região está a cinco anos sob controle russo e lá "não há mais desafios" e que se Trautman cooperar pode sair vivo dali afinal "todos querem a paz". Trautman responde asperamente e diz que todos os dias eles estão perdendo para um povo mal armado e que se tivesse estudado a história deles saberia que preferem morrer a serem escravizados e que eles americanos tiveram seu Vietnã agora os russos terão o seu, em referência a uma guerra que não pode ser vencida. Zaysen manda o "Zangieff" levar Trautman dali. Rambo segue com seu guia á cavalo por uma região montanhosa e Mousa mostra á ele umas montanhas dizendo que ali era o Afeganistão e que Alexandre, O Grande tentou conquistar aquele país (Alexandre chegou até ali onde estão as chamadas montanhas do "Indu Kush") depois Gengis Khan, depois os ingleses e depois os russos. Á noite na base russa Zaisen olha pela abertura da cela de Trautman que se mantém de costas. Rambo e o guia atravessam por uma rede de túneis para evitar os aviões e helicópteros russos. Na base russa Trautman está sendo erguido por uma corda e interrogado por Zaysen que pergunta onde eles estão entregando as armas aos afegãos. Trautman responde que "-próximo" Zaysen pergunta "-onde exatamente" Trautman responde "-da sua bunda!" Ha ha! O "agente duplo" afegão de bigode chega no local e diz a Zaisen sobre Jonh Rambo e um plano de resgate e que vai dar a ele as "boas vindas". Rambo chega em um acampamento e um soldado russo desertor explica como é a base, Rambo resolve que a melhor opção é ir pela parte com minas terrestres porque é mais inesperado e depois de resgatar Trautman fugir pelo esgoto. Um garotinho fica importunando Rambo e perguntando sobre ele, até pede sua faca!:
   Musa mostra a Rambo uns caras á cavalo dizendo que é um "esporte maluco" que tem mais ou menos três mil anos e que eles não param de jogar aquilo com guerra ou sem guerra. Os caras convidam Rambo para jogar esse jogo que consiste em pegar o que parece uma imitação de ovelha á cavalo e jogar em um círculo. Rambo aceita e Mousa diz que Deus deve adorar pessoas malucas, porque fez várias delas! Olha aí Rambo entrando na brincadeira:


   Durante a brincadeira os helicópteros russos chegam explodindo o lugar, um deles pilotado pelo Zaysen:
   Esse modelo de helicóptero é que é na verdade o grande "astro" do filme, os produtores tentaram imitar um modelo "Mi-24 Hind" que tem essas "asinhas" do lado carregando os explosivos por isso pegaram um modelo "Aerospatiale Gazelle SA 330" e colocaram essas "asinhas" nele, na época certas armas russas eram bem ocultadas e havia certa curiosidade a respeito delas. Zaysen causa bastante destruição ali. Depois disso Rambo fica pensando e o líder diz pra ele voltar pra casa porque aquela guerra não era dele, mas Rambo diz que agora era:
   Á noite, Musa guia Rambo até a base russa e ele segue rastejando e enfiando sua faca no chão para sondar as minas terrestre (não sei se tem muita lógica isso acho que elas deveriam explodir mas faz parte!):
   Quando chega em uma cerca de arame Rambo percebe que tem granadas colocadas ligadas aos fios do arame:
   O garotinho afegão os acompanha á contragosto dos dois. Depois de entrar na base Rambo e Mousa colocam detonadores, "bombas relógios" em vários lugares programados para explodirem em dez minutos. Mousa derruba um objeto e um soldado russo acende um sinalisador iluminando o lugar mas Rambo consegue se manter oculto. Depois ele entra debaixo de um tanque:
   Rambo consegue entrar no local onde estão os prisioneiros e vai até a cela de Trautman que avisa que tem alguém atrás dele, era o garotinho afegão, mas logo atrás veio um soldado russo e Rambo arremessa uma faquinha no pescoço dele:
   Mas isso não evita o alarde e logo vários soldados russos chegam lá e acontece um alvoroço. As primeiras bombas relógio começam a explodirem. O garotinho é tingindo na perna, um estilhaço de ferro atinge o tórax de Rambo, mas eles conseguem sair pelo esgoto. Na cela de Trautman Zaysen chega violentamente perguntando "-quem é esse terrorista? Essa noite esse bastardo tentou me destruir, pela manhã vou caçá-lo e colocar sua pele na parede!" Trautman responde que não será necessário pois ele vai achá-lo. Zaysen diz "-Um homem contra 3000 soldados treinados! Quem você pense que ele é? Deus?" Trautman responde que "Deus teria misericórdia, Rambo não!" Há há há! (um dos pontos altos do filme!). Rambo pergunta onde fica o caminho para o acampamento e dispensa Mousa e o garoto. Depois pega uma bala do rifle de Mousa abre ela com uma faquinha e coloca no local de onde ele tirou o estilhaço e ateia fogo! (era o que tinha pra evitar uma infecção):
   Ao amanhecer Zaysen já está patrulhando a região com seu belo helicóptero e mandando os soldados vasculharem. Rambo volta a base russa e entra dessa vez pelo desfiladeiro. Ele chega no momento exato em que Trautman está para ser submetido a mais uma seção de tortura, salvando o amigo e libertando outros prisioneiros. Ao saírem, Trautman pergunta se Rambo sabe pilotar aquele helicóptero Rambo responde "-Vamos descobrir!" e eles entram no mesmo helicóptero que Zaysen acabou de sair. Ao ver que os prisioneiros fugiram Zaysen fica furiosos. Rambo consegue sair com o helicóptero mas ele é atingido e pousa logo em seguida não indo muito longe. Todos saem pouco antes do helicóptero explodir:
   Rambo diz pro Trautman procurar um abrigo e esse acha uma entrada para uma caverna e amarra uma corda para descer por ela. Enquanto isso Rambo arma seu tradicional arco e dispara uma daquelas flechas com pontas explosivas em um helicóptero russo:
   O outro helicóptero pilotado pelo Zaysen encontra ele e Rambo entra na caverna por pouco não sendo atingido pelas chamas da bomba lançada pelo helicóptero:
   Trautman e Rambo se separam dentro da caverna enquanto soldados russos descem por ela de rapel. Rambo acerta um russo com uma flecha não explosiva. Zaysen chama por esse soldado pelo rádio comunicador, Rambo atende o rádio, Zaysen pergunta quem é e Rambo responde que "-Sou seu pior pesadelo!" Há há! Mais uma das clássicas do filme! Rambo faz uma armadilha colocando uma daquelas "luzes azuis" ligadas ao pino de uma granada e um soldado russo puxa. Rambo manda Trautman sair pelo buraco, depois sobe a corda, mas, lá em cima o "Zangieff" estava esperando ele e os dois lutam no corpo-a-corpo:
   Durante a luta Rambo enrola a corda no pescoço do russo, puxa o pino da granada, dá uma voadora nele que cai no buraco com a corda no pescoço e explode. Rambo e Trautman são cercados por Zaysen no helicóptero e mais vários soldados, Zaysen diz pelo alto falante para eles se renderem, mas eles revidam e se escondem em uma fresta no solo. Algo desvia a atenção dos russos: são os rebeldes afegãos á cavalo. Rambo sobe na traseira de uma caminhonete e atira com a arma de lá:

   Um tiro acerta a perna de Rambo mas ele consegue entrar dentro de um tanque e Zaysen vai em direção a esse tanque, eles acabam se chocando e explodindo, mas Rambo sobrevive. 
   No fim, Mousa diz que Rambo luta bem "para um turista"! Então ele sai com Trautman dirigindo um jeep:
   Assim termina o filme, ao som de "Bill Medley-He ain't Heavy, He's My Brother" que significa "ele não é um peso, ele é meu irmão" eu achei muito apropriada. A verdadeira "Guerra do Afeganistão" durou de 1979 a 1989 com EUA e outras nações apoiando os rebeldes contra o governo comunista, por isso o caráter "propagandista" do filme, mas, depois da retirada russa continuou havendo muita instabilidade no país como ainda tem até hoje. No fim das contas, como toda guerra, não havia nem heróis nem vilões foi apenas o momento/lugar escolhido para ambientação do filme.
   Dessa forma, encerramos nossas resenhas sobre os filmes clássicos do Rambo, prestando nossas humildes homenagens a esse ícone.