terça-feira, 28 de junho de 2016

POESIAS

   Olá pessoal! Hoje vou deixar aqui algumas poesias do meu poeta favorito: Omar Khayyam.
   Omar Ibn Ibrahim "El Khayyam" nasceu em Nichapur, Pérsia, em 1040, morreu em 1120. Khayyam significa "fabricante de tenda" em persa, nome que ele adotou em memória do pai que era fabricante de tendas. Além de poeta, Khayyam foi matemático e astrônomo. Em 1074 reformou o calendário muçulmano, na função de diretor do observatório da cidade de Merv. 
   Seu poema mais famoso é o Rubayat. Rubayat é o plural da palavra "rubai" que significa "quadra" em persa, ou seja, poema de quatro linhas. Seu Rubayat original é composto de 120 rubais, vou reproduzir aqui apenas alguns numerados. Khayyam, no fim de sua vida se dedicou ás reflexões sobre a vida, ao vinho e ás  mulheres, o que reflete em sua poesia. Aqui uma gravura representando o rosto de Omar Khayyam:
   Aqui uma estátua feita em homenagem a ele na cidade de Teerã, atual Iran(na época dele era considerada região da Pérsia):
   O  RUBAYAT  DE  OMAR  KHAYYAM

   -11-                                                           
  É grande tua aflição;
   nada podes sobre teu destino.
   Se és prudente, toma o que tens à mão.
   Amanhã...que sabes do amanhã?

   -21-
  Cristãos, judeus, muçulmanos, rezam,
   com medo do inferno; mas se realmente soubessem
   dos segredos de Deus, não iam plantar
   as mesquinhas sementes do medo e da súplica.

   -22-
  Na estação das rosas procuro um campo florido
   e sento-me à sombra com uma linda mulher;
   não cuido da minha salvação: tomo vinho
   que ela me oferece; senão, o que valeria eu?


   -24-
  Eu estava com sono e a Sabedoria me disse:
   a rosa da felicidade não se abre para quem dorme;
   porque te entregares a esse irmão da morte?
   Bebe vinho; tens tantos séculos para dormir.

   -46-
  O bem e o mal se entrelaçam no mundo.
   Não agradeças ao Céu
   pela sorte que te coube, nem o acuses:
   Ele é indiferente.

   -48-
  Vai com prudência viajante.
   A estrada é perigosa, a adaga do destino
   é afiada. Não colhas as amêndoas doces, 
   são venenosas.

   -87-
  Alguns sábios da Grécia sabiam propor enigmas?
   é absoluta a minha indiferença por tanta inteligência.
   Dá-me vinho, minha amiga; deixa-me ouvir o alaúde,
   olha como lembra o vento que passa, como nós.
   -113-
  Estudei muito e tive mestres eminentes
   e me orgulhava dos meus progressos e triunfos.
   Agora lembro-me do sábio que eu era: era como a água
   que toma a forma do vaso, como a fumaça ao vento.

   -119-
  É grande a tua dor? Não lhe dê atenção.
  Lembra-te dos outros que sofrem inutilmente.
   Procura uma linda mulher; mas cuidado, evita amá-la,
   e ela, que não te ame.
    
    
           

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